quarta-feira, 7 de abril de 2010

a pensar alto...

- O que fazer quando um cliente nosso é "atacado" na Comunicação Social?
- Reagir!

Será?

(Agências de comunicação) "instituições que plantam noticias, com jornalistas por conta, comprando jornalistas".

Uma definição possível, por Emídio Rangel. Hoje na Comissão de Ética.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

I num instante tudo mudou…

Há (más) notícias que me chateiam, sobretudo as que me vêm dar razão, mais cedo ou mais tarde.

Fui dos cépticos que diziam que "dificilmente o novo diário do Grupo Lena chegaria a ser lançado", fundamentando a minha opinião na crise que afectava (e ainda afecta) a Comunicação Social e o sector da Construção Civil. Mais tarde dei o braço a torcer ao ver surgir um projecto muito interessante, inovador e positivo, que ganhou o seu lugar entre os diários nacionais (acho que vendas diárias de 9000 exemplares é significativo para 10 meses de existência, ainda para mais num país ávido de tragédias), mas questionando-me desde logo sobre a sua viabilidade face às páginas despidas de publicidade.

Embora a comunicação não o transparecesse, com entrevistas optimistas de vários porta-vozes, inclusive do investidor e do director, que pareciam seguros e aparentavam estar preparados para uma caminhada difícil e lançavam bons sinais para o mercado, independentemente da secura da fonte publicidade, o jornal I ia caminhando para uma situação insustentável. Esta situação conheceu desenvolvimentos há dias com um comunicado dúbio e confuso enviado à redacção (que por sua vez o enviou às outras redacções) dificultando e muito (ou pelo menos retirando poder negocial) a possível venda do jornal a outros grupos económicos - onde estava o consultor de comunicação neste momento?

Tenho pena se o I não durar o suficiente para mudar, de facto, algo.

Tenho pena que os bons projectos se tornem rapidamente insustentáveis, por esta ou por aquela razão.

Tenho pena que a comunicação insista em criar realidades inexistentes que, mais cedo ou mais tarde, se desmoronam como castelos de cartas, contribuindo assim para o seu próprio descrédito.

Terei pena.

The fun theory - o vencedor

Não foi desta que ganhámos, embora estar entre os 8 finalistas (se excluirmos as 3 ideias que deram origem ao concurso) seja motivo de grande satisfação para um grupo de amigos que se reúnem em torno deste blog, e de uma ou outra tea party, a debitar bazófias sobre comunicação.

O vencedor é Kevin Richardson e a ideia merece vencer. Perfeito era vê-la posta em prática, quem sabe por cá.

domingo, 4 de abril de 2010

Spermmers (ou como o onanismo tomou o Chatroulette)

Marketeers, consultores de comunicação e porteiras estão sempre à procura da última novidade. Uma das mais recentes, inventada por um russo de 17 anos, chama-se "Chatroulette" e é já um sucesso mundial. É uma espécie de zapping mas onde a TV é que nos vai passando ou um speed dating muito rápido. Infelizmente parece já ter sido afectada por um estranho "vírus".

Num resumo possível, Luís Pedro Nunes, na sua crónica na Única deste sábado - que aconselho a leitura - define esta ferramenta como algo tomado por exibicionistas anónimos. Segundo ele, "podia ser uma bela ideia" (...) mas "o que irá ver - e garanto-lhe que irá ver - são pilas. Muitas. De várias cores, tamanhos e formatos, mas decididamente entusiasmadas num pacto de onanismo planetário em videoconferência."

Vejo que algumas marcas possam ter interesse na ferramenta (dêem-lhe o sentido que entenderem), mas vejo principalmente um desafio para as mentes mais criativas.

Enfim, como já não nos chegavam os Spammers, agora temos de gramar com os Spermmers!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Fuuuuusão!

O sector da Comunicação gosta muito de anunciar fusões, sendo que muitas delas não chegam a sair da incubadora.

Aqui, pela blogosfera, queremos dar o exemplo. Potenciar recursos e criatividade.

O PiaR e o Buzzófias anunciam ao mercado a sua fusão.

Mais comunicação, mais comunicadores … o humor crítico e corrosivo de sempre!

A negociação demorou um pouco mais do expectável, mas lá se acordou que o Rodrigo Saraiva passa a RDS e o Alexandre a AdG.

O novo endereço será anunciado oportunamente.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Spammers

Há cerca de dois dias que sou bombardeado com um convite para me tornar fã de uma determinada fan page no Facebook. O convite já me foi endereçado por cerca de três profissionais de comunicação, que pertencem a uma agência responsável pela divulgação da tal fan page.

Não contentes com o facto de ter decicido ignorar aquele request pela primeira vez, o mesmo profissional enviou-me, no mesmo dia, novo convite para me tornar fã da dita página. No dia seguinte, os seus companheiros de agência enviaram-me também o convite, duas vezes cada um. E eis que, num total de três dias apenas, rejeito 6 vezes(!) o mesmo invite.

Os clientes que contratam agências de comunicação deveriam repensar o dinheiro que investem nas redes sociais por via destas. Na medida em que, com este tipo de práticas - que já vi serem perseguidas naquela rede por parte de muitos profissionais - as fan pages serão somente baseadas nos amigos dos amigos dos tais profissionais de comunicação. O que cria dois problemas:

1.Segmentação nula, na medida em que os fãs da marca X e os fãs da marca Y são exactamente iguais (são os tais amigos dos profissionais de comunicação), o que impede que cada marca construa o seu público próprio, adequado ao seu tom de voz (e depois pasmem-se que a audiência não interage...).

2.Transforma estes "comunicadores digitais" em spammers. O que é chato para o utilizador. Que a determinada altura, quando a plataforma estiver mais madura, bem poderá rejeitar quaisquer convites dessas pessoas. E é chato para os outros colegas de profissão - porque no médio prazo vão achar que os colegas não percebem nada daquilo e descredibilizar a sua "estratégia de novos media".


Pá...
Lembrem-se que os diversos consultores de uma agência têm diversos amigos em comum, que serão sempre alvos de spam, na medida em que irão receber a informação por diversas vias. Que não vale a pena mandar dois invites no mesmo dia às mesmas pessoas. Que deveriam acreditar-se no facebook como profissionais de PR para tornarem claras as vossas intenções. Que criar públicos para as marcas,em qualquer plataforma, envolve um trabalho de pré-produção cujo objectivo é defini-lo e encontrar imageria, tom de voz e um discurso focado para aquele público. Que quando o mercado estiver maduro só os que criaram as melhores práticas é que vão efectivamente perdurar, já que isto de sacar uns 600euritos com a actualização do facebook/twitter/blog do cliente vai acabar se o trabalho não for bem feito.

Ouve-se tanta bullshit sobre "as marcas terem de dialogar", "listen, sharem engage", "o mundo mudou e as mensagens já não podem ser introduzidas na cabeça das pessoas" e depois toca tudo a fazer o de sempre (salvo raras e honrosas excepções, que as há): comunicação unilateral, baseada em dinâmicas de press release.

O problema? Está-se a tratar o utilizador das redes como se trata o jornalista estagiário da redacção. Só falta fazerem follow-ups para ver se me quero tornar fã.


(desculpem lá o moralismo. Mas é sexta.)

Jornalistas ao Parlamento




Boris Johnson, brilhante as usual, fez esta semana um discurso na entrega dos British Press Awards que, de alguma forma, gostaria de ter ouvido de um político português. Trata-se do reconhecimento de uma derrota. A classe política aceita a derrota numa guerra travada há anos contra a imprensa. A imprensa infiltrou-se nos gabinetes, nos telefones, nas vidas privadas dos políticos. Expôs os podres, destruiu reputações, lançou o medo e a desconfiança. Boris Johnson assume a derrota, em nome de todos os políticos ingleses.

E, com a fleuma que lhe é reconhecida, lança o desafio: que sejam os arautos da transparência, os mensageiros da moralidade a assumir os cargos que determinam o futuro de Albion. Que venham os jornalistas para o parlamento, que os jornalistas resolvam os problemas dos ingleses.

O discurso inclui uma citação de Plutão: "the Republic will never be properly governed, my dear Glaucon, until all the politicians are journalists and all the journalists are politicians".

E termina: "You have exposed the pigsty now role up your sleeves and help to clear it up".

Genial, as usual.

(Todo o discurso aqui)

quinta-feira, 25 de março de 2010

Massa Crítica

A comunicação faz-se de muitas formas. A da Massa Crítica, movimento espontâneo de utilizadores de bicicletas (flash mob) que se junta na última sexta-feira de cada mês, em Lisboa faz-se através WOM, folhetos impressos em casa e colocados nos raios de bicicletas, com auto-colantes e cartazes home-made e via redes sociais.

O resultado é notório de mês para mês.

Amanhã, no sítio habitual (Praça Marquês de Pombal) lá estarão os "malucos do costume". A pedalar pela causa.

Uma cerveja de campeões

Sem dúvida uma acção única de uma marca há muito ligada ao futebol. Genial. Vale a pena ver até ao fim.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Buzzófias em destaque no Diário Económico

segunda-feira, 15 de março de 2010

Pepsi a caminho da África do Sul

Em ano de Mundial, já se sabia que a Pepsi iria lançar uma nova campanha com a sua constelação de estrelas do futebol internacional. Mais um spot que é, sem dúvida, uma referência no campo da publicidade ligada ao desporto.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Greve para uns, grave para outros


O timing e a capacidade de ver oportunidades nas ameaças (sobretudo nas dos outros) são duas características do (bom) consultor de comunicação.

Juntando a isto um título sugestivo (“Quem ainda precisa dos pilotos da TAP?”) e alguma provocação e o resultado é uma óptima cobertura mediática da campanha de Páscoa da Ryanair.

E a baixo custo, como gostam.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Um broche de campanha*

Há uns anos, o actual presidente da câmara municipal de Faro, Macário Correia, tentou carreira como copy ao lançar o slogan: "Beijar uma mulher que fuma é como lamber um cinzeiro". Não pegou... estranhamente.

Se fosse hoje, a avaliar por esta campanha francesa, a frase deveria ser: "Fumar é como fazer sexo oral a senhores de idade" (não deixo de associar também a imagem à benção de um padre, o que me deixa perturbado da mesma maneira).

É um bom exemplo de uma campanha que terá uma elevada recordação, gerou muitas notícias e WOM, mas que terá, certamente, muito poucos resultados.

Como falamos de fumar a pergunta que deixo é: mas o que é que fumam os tipos que aprovam isto? (se souberem podem responder por email que eu não denuncio ninguém)

* este título foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico, e no Brasil não é asneira.

O verdadeiro plano para controlar a comunicação social

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A morte do Rolodex.




(...) Does anyone have access to George Lucas? his PA or agent or friend? Need to film him for a 2 min segment on TCH TV - a special project. We want to see how far we get in contacting him via social network sites - twitter/facebook/asmallworld etc (...)

Era assim que estava a frase abaixo do post fotográfico do The Cool Hunter no Facebook. E de repente, que presenciei in loco, começo a pensar:

E se conseguem mesmo o contacto do mais inacessível dos personagens do estrelato cinematográfico norte-americano? Que pode isto significar como novo paradigma do valor das PR e das Public Affairs enquanto catalisadores e key-holders da "influência"? Ou teremos de começar a avaliar o valor verdadeiro da e-fluência? ... Poderemos de facto estar a viver a massificação da teoria de que estamos todos a apenas 6 passos de distância de qualquer ser humano no mundo? Ou basta chegar ao Kevin Bacon?

Poderá a social-media tornar-se uma enorme lista telefónica? O rolodex do novo milénio? E à escala global?

... Demoraram 17 minutos:

(...) the cool hunter
update - twitter has got us to @philipbloom his cinematographer, who's with him as we speak - we're very close folks (...)




sábado, 20 de fevereiro de 2010

Ídolos

A Diana Piedade tem 98,615 fãs no Facebook.

O Filipe Pinto tem 70,157 fãs no Facebook.

Números muito interessantes para ambos os finalistas do Ídolos. E que permitem a cada um deles manter uma base de fãs activa e muito relevante para lançarem os seus próprios projectos musicais futuros. Mas foi o Filipe Pinto, que tem menos fãs, que ganhou o programa. Reality check: nem só a dimensão e maior presença nas redes sociais servem para definir a preferência do público. Aliás, nem sempre os mais comunicadores, simpáticos e polidos personagens conquistam a preferência do público. A honestidade, um certo amadorismo utópico e resistência à "carreira" musical tradicional deram, no meu ponto de vista, a vitória ao Filipe. Não os seus lindos olhos, mas a autenticidade da sua personagem, que conseguiu impôr num programa que pretende ser uma linha de montagem de estrelinhas.

O amadorismo é uma das características que mais respeito em marcas (pessoais e corporativas). Transparece autenticidade. Verdade. Porque o "amador" persegue algo por vontade e nada mais - não é pelo reconhecimento nem pela carreira ou benefícios associados. Isto porque os amadores têm acesso a algo que os profissionais não têm: a realidade. Perseguem algo porque lhes apetece, porque algo ( os seus valores?) os impele. E mais nada. E isso merece respeito por parte de toda a gente.

Ao parecer um "bicho do mato", o Filipe contou uma história pessoal acerca de si que 1000 status updates da Diana não conseguiram contar. Sem querer comunicar, comunicou. Comunicou que não estava ali pela fama, pela glória, pelo marketing ou o glitter, mas pela música. E vozes à parte, num programa "pop", ganhou o rapaz que não quer ser "pop" - só quer cantar.

Em circunstâncias similares, tendo a achar que um bom outsider ganha sempre ao homem de carreira. Porque o público reconhece no "amador" que vem de fora a vontade e o "drive" que não reconhece no polido profissional.

E por isso acho também que o Fernando Nobre tem grandes hipóteses de sucesso na candidatura à Presidência. Porque, para o público em geral, ele persegue um "higher calling". Ele só quer salvar pessoas. E não é um thinker como Alegre, é um doer. Não está interessado na fama ou na glória ( apesar de ter ficado em 25º lugar no concurso "grandes portugueses"). Se não o colarem completamente ao PS e se ele se afastar dos gimmicks hiper-marketizados de José Sócrates, bem pode ganhar este outro "Ídolos".

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Os limites da Liberdade

José Manuel Fernandes e Mário Crespo foram hoje chamados ao Parlamento para depor perante a Comissão de Ética, Sociedade e Cultura.

Porquê, de todos os directores de jornais em funções, foi chamado o ex-director do Público, não sabemos.

José Manuel Fernandes classifica a actuação do Governo junto dos Media de “doentia” e, como exemplo, lembra uma entrevista que lhe foi negada em prole de outro jornal.

Ou seja, o Governo exerceu a sua liberdade de escolher a que Órgão de Comunicação Social deveria dar a entrevista e tal, aparentemente, vai contra a noção de Liberdade de Imprensa de José Manuel Fernandes.

O que a José Manuel Fernandes, e a outros grandes jornalistas incomoda, parece-nos, é, não os limites impostos à Liberdade de Imprensa, mas os condicionantes que a Liberdade dos Outros traz à actuação jornalística.

O problema aqui reside na falta de transparência dos nossos Órgãos de Comunicação Social. Se cada jornal assumisse de que lado está, neste clima de proto-guerrilha política, seria absolutamente óbvio o porquê das escolhas do Governo na hora de “oferecer” exclusivos. Sem surpresas que afectassem os incautos e sempre neutros jornalistas.

Não negamos que existam pressões. Nem tão pouco que exista uma espécie de censura, um “polvo” como o Sol resolveu chamar-lhe. Mas se o Governo é chamado a reflectir e ponderar o seu futuro, também é altura de os jornalistas pensarem e assumirem as suas responsabilidades.

Um jornalismo que almeja o estatuto a que Mário Crespo aspira, não pode, fazendo gala da Liberdade de Imprensa, fazer acusações graves ao Governo em funções socorrendo-se do “disseram-me que ouviram”.

Parece-nos óbvio. E continuamos à espera que o Sindicato dos Jornalistas consiga dizer algo inteligente sobre o tema.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Agências Unidas

... jamais serão vencidas.

Na Bélgica, algumas das maiores agências publicitárias estão unidas contra o canibalismo que vigora nos concursos. Levar uma boa proposta a concurso implica o investimento de tempo e dinheiro. De recursos que são importantes para os clientes já adjudicados. Pedem regras justas. E sobretudo, respeito entre agências. Pela actividade.

Deveriamos nós instituir um Competition Charter?

http://www.ogilvy.be/

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

stop flash mobing



it´s enough, ok?

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Super Bowl Ad Fever

É o maior evento desportivo do mundo... e provavelmente o maior evento publicitário do mundo também. Os spots nos intervalos custam milhões, apesar da crise ter levado a alguma contenção. As grandes marcas investem tudo em produções ambiciosas para se estrearem neste dia. São muitos os anúncios que vale a pena ver, pelo que destacamos apenas alguns da Doritos, que são hilariantes. Para ver tudo é só clicar aqui.





E já agora, mais um excelente anúncio da madrugada de ontem:



E mais outro, este com o Stevie Wonder e com um jogo que se pode tornar num case study de sucesso:

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Para refletir*

"Para se defender a liberdade de imprensa não se podem violar os mais elementares direitos civis. Eu não quero a pata do Governo na comunicação social. Mas também não quero, seguramente, a pata dos jornalistas nos nossos telefones."

Daniel Oliveira no Expresso online.

Na era das petições online, digam-me onde está esta que assino por baixo.

E é impressão minha ou a comunicação social, na ânsia de derrubar o Governo, está a ajudar o país a retroceder uns anos, talvez uns 36?

* Este post foi escrito de acordo com o novo acordo ortográfico, porque nós somos modernos.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

How to report the news



Às vezes tenho a sensação de que são todas assim.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Mandela Mr. PR


Fui ver o filme "Invictus", de Clint Eastwood. Recomendo.

É uma história bem contada e inspiradora, obrigatória para todos, em particular para quem trabalha nesta área: a da buzzófia.

É um excelente exemplo de como uma campanha de RP, criada pelo PR (Nelson Mandela), consegue unir um país, acabado de sair de anos de apartheid, em torno de uma causa. Em causa, a selecção de rugby, até ali, símbolo do regime segregacionista e renegada por todos os negros, e que foi utilizada pelo presidente como veículo de união na caminhada para a Taça do Mundo, organizada na África do Sul.

Não há segundas intenções, esquemas duvidosos ou objectivos nefastos. Apenas vontade de unir.

A utilização do único negro dos Springbok nas campanhas, as mensagens divulgadas, as acções de RP nos guetos com os jogadores - onde o futebol era rei e o rugby excluído -, até à passagem de um avião comercial, à hora do jogo, por cima do estádio com uma mensagem de apoio à selecção (não sei se isto, na realidade, aconteceu, mas seria genial) são algumas das acções da campanha. E isto com a desconfiança dos media e contra a vontade da maioria da população (importante stakeholder).

No filme, a motivação para a vitória vem de um
poema de William Ernest Henley; na realidade, Mandela entregou ao capitão da selecção, Francois Pienaar, excertos do discurso de Roosevelt, de 1910, "The Man in the Arena" - o que também era um bom título para o filme.

Seja como for, a campanha foi uma boa campanha e o filme é um bom filme.

Lost in Obama

Arranca hoje a sexta e última temporada daquele que é um dos maiores fenómenos de sempre de TV, a série norte-americana Lost.

Se não é novidade para a maioria o conteúdo desta série e o seu enorme impacto mundial, com legiões de fãs nos 5 continentes do globo, o que foi completamente inesperado é o poder que Lost alcançou.

De acordo com o site do Público, a estreia da última temporada da série marcada para a noite de hoje nos E.U.A., obrigou o Presidente Obama a antecipar o discurso do Estado da União, tradicionalmente das 21h às 23h no final de Janeiro, para a semana passada. A decisão, de acordo com o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, justifica-se da seguinte forma: "Não prevejo um cenário em que milhões de pessoas que esperam finalmente ter algumas conclusões com Perdidos sejam rasteiradas pelo Presidente".

Um paradigma de como o poder dos media e dos seus conteúdos se podem sobrepôr até ao homem mais importante do mundo.

Ouvido na cave

- Preciso do contacto do editor d' "OInstituto Sá Carneiro".

- Então?

- Ouvi dizer que estavam há procura de artigos de opinião.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Manobras


Human Nature

Fantástica campanha da Cerveja Andes. Nada como conhecer a natureza do consumidor e apelar ao seu instinto natural.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Detalhes #2

Vendo o vídeo da Next Power três detalhes saltam logo à atenção - outros haverá:

- Bandeira do Município de Lisboa (Darth Vader?)
- garrafa de Vitamin Water (provocação à concorrência?)
- Pacote de Maizena (temos candidato?)

A subtileza da provocação no seu melhor. E com humor, como eu gosto!


PS: Gosto de ver pessoas com quem trabalhei a aparecer na "TV".

Detalhes

Adoro detalhes. Não as minhoquices irrelevantes com que alguns gostam de perder o seu e o meu tempo, mas os detalhes. Aquelas coisas que fazem, de facto a diferença.

O vídeo da Next Power é um bom exemplo disto, com detalhes geniais. Porquê? Vejam por vocês que eu depois conto o que vi.

Cantona, jornalistas e gaivotas


" 'Quando as gaivotas seguem a traineira, é porque pensam que as sardinhas vão ser atiradas ao mar'. Não é Albert Camus, nem Jean-Paul Satre. É Cantona. Eric Cantona"

Retirado do jornal i. Declaração dirigida aos jornalistas, depois da audiência que se seguiu ao célebre pontapé num adepto que terminou com a carreira do "enfant terible", e na qual pediu desculpa, entre outros, à prostituta com quem dividiu a cama na noite anterior.

É um excelente apontamento de comunicação, bem ao estilo de Cantona, e que, numa tradução livre, expõe a sede por sangue de alguns jornalistas (imagem bem actual face a tendência vampiresca final de 2009/2010).

Ao que parece, as camisolas com esta frase venderam, na altura, como pãezinhos quentes.

Ah! E com isto, o jornal i pôs-me a ler desporto.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Uma Andorinha assim até faz a Primavera!

Confesso que desconhecia a marca de Azeite Andorinha, já com 80 anos de história. No entanto, não será difícil acreditar que em breve todos conhecerão. O site desenvolvido para comunicar a marca é uma lufada de ar fresco em termos de comunicação e uma forma muito interessante de mostrar porque é que o 2.0 é um universo de possibilidades para as marcas usarem.

Consultem o site aqui e enviem o vosso convite para um jantar original, seja ele romântico, amistoso, convivial ou familiar. De certeza que será único! Proporcionado por uma Andorinha que é, neste caso, sem dúvida, a mensageira de uma Primavera que se aproxima.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Um Ministério com Falta de Saúde?

A notícia de hoje avançada pelo It's PR Stupid sobre a 3ª mudança de assessores de imprensa do Ministério da Saúde desde o último acto eleitoral levanta uma dúvida. Qual será o vírus (que não o H1N1) que assola as instalações do Ministério que põe todos os assessores de imprensa a correr?

Mascote (fofinha) do islamismo




É certo que já temos a Daniela Ruah na série-imitação do CSI, a dar um arzinho da sua graça. É certo que Portugal, em termos mediáticos, é Figo, Ronaldo, Saramago e pouco mais.

Mas, desde ontem, conseguimos mais um lugar de destaque.


Abel Xavier é, oficialmente, a nova mascote do Islamismo. O cabelo de pelúcia está lá, o ar de Ken encerado também, agora só faltava mesmo que alguém lhe desse (mais uns) minutos de fama. De futebolista a beato? Ora pois.


Fora de brincadeiras, esta acção de PR é massiva.


Abel Xavier muda de nome e agora passa a ser Faissal, está em Lisboa acompanhado de dois sunitas do emirado de Ras - al - Khaimah e vai jogar hoje no Jogo contra a Pobreza . A sua conversão teve o apadrinhamento do irmão do principe-regente do emirado.

É notícia por todo o mundo e Faissal declara que, com o islamismo alcançou a "paz e mentalidade pacífica". Ora ainda bem, pelo menos agora já garantiu o seu futuro, o da família e ainda pode vir a ser uma ajuda para combater o déficit português.

Numa óbvia acção de comunicação, o Islamismo vê espalhado por todo o lado uma mensagem de paz.

No ar fica a pergunta: se tudo na vida tem um preço, qual foi o de Abel Xavier?

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Desleilões desleais

Isto está mau. Nós sabemos que isto está mau. Mesmo com a recente iniciativa do www.cargadetrabalhos.net deixar de “postar” trabalho não remunerado, a verdade é que basta uma vista de olhos diária pelo site em questão para perceber que o desespero por um emprego leva as pessoas a aceitarem situações deploráveis.

Mas parece que há um novo ponto baixo, e tiveram de ser muito, mesmo muito criativos para que conseguissem fazer do “mau” ...”triste”...

http://desleilao.com/

Princípio da “coisa”... A Normajean procura criativos, copys e art’s... abrindo o leque a todos aqueles, que mesmo, sem experiência, querem enveredar por esta carreira...

Para tal criou o “desleilão”... a partir da base de licitação de 1000€, cada candidato deve licitar um valor salarial mais baixo, como quem diz: “estou a disposto a trabalhar por 400€”... a partir desse momento, essa passa a ser a nova licitação... e depois haverá um “honroso” vencedor...

....

Como podemos sequer começar a descrever o quão baixo isto é?... Será pelo princípio de que a base salarial deveria ser o último assunto a ser discutido numa entrevista, um detalhe que só se avalia depois de observadas as qualidades do candidato? Será pelo momento de crise, em que cada vez mais famílias têm dificuldade em suportar o encargo cujos os filhos “criativos” se tornaram, vivendo de ordenados miseráveis, contratos ridículos e muita força de vontade?... Será apenas a mais pura das “chulices”??...

Esperavamos mais da Norma Jean...

O Buzzofias coloca a questão: E se os clientes da Norma Jean fizessem o mesmo, organizando um desleilão de avenças?

Adenda: Sábado o site deixou de estar disponível, depois deste post (modéstia nossa) e da criação de um grupo "de apoio" à causa. Vai na volta a ideia era demasiado criativa.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Um balneário cheio de ratos

A crise que desde a madrugada de ontem assola o Sporting Clube Portugal é o paradigma de como não deve trabalhar um departamento de comunicação. A surpresa só seria surpresa caso não se soubesse quem é a empresa responsável pela comunicação do clube de Alvalade.

Um problema que aconteceu no balneário era de conhecimento público pouco depois. Entretanto, já esta tarde, o capitão João Moutinho leu uma carta de despedida, da qual já se conhece o teor.

Parece que o balneário do Sporting é um barco a meter água por todos os lados, onde os primeiros a fugir são os ratos.

Esta é uma situação inadmissível em qualquer instituição. Não há qualquer controlo do que sai para fora das paredes da organização. Por isso, para quem gere o clube, a questão principal que se impõe não é a demissão ou não demissão do Ricardo Sá Pinto mas, acima de tudo, exigir contas a quem tem a responsabilidade da gestão da comunicação do Sporting.

Será que vão rolar cabeças, ou a estrutura administrativa do Sporting não consegue perceber que, acima de tudo, esta é uma crise comunicacional?

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

foi você que disse Coca-cola?

Por falar em guerrilha e coca-cola



créditos: Wieden+Kennedy

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Guerrilha em Social Media?

... e eis que me deparo com um convite para aderir ao grupo de Facebook "Odeio que me digam "Não temos Coca-Cola. Pode ser Pepsi?"". Na wall desta iniciativa, lê-se: "O verdadeiro apreciador de Coca-Cola não tolera que lhe tentem impingir outra cola em vez da SUA Cola. Nem Pepsi, nem Spur, nem outra qualquer. Esqueçam. Se não há Coca-Cola quero Água ou 7Up!"

Com 366 pessoas agregadas, a wall da página, alimentada pelos seus fãs, serve o interessante propósito de registar juras de amor à coca-cola. Genial. Brand value adicional para a Coca-cola, estimulando o laço emocional para com a marca. E obviamente mau para a Pepsi.

E penso... interessante. Grupos que promovem marcas face ao descrédito de concorrentes directos. Que podem ser criados por utilizadores pessoais que queiram promover, com toda a legitimidade, os seus próprios gostos, associando-se a pessoas que deles partilham. Ou por marketeers profissionais. Naturalmente que estas ideias não podem ser assinadas por nenhuma agência de comunicação. Mas.

E penso: tenho de me reunir com o director de marketing da MEO e propôr a criação do grupo "porra, a TVbox da ZON demora um tempão a mudar de canal". Ou com o director de marketing da ZON, para propôr o grupo "já estou PELOS CABELOS com os anúncios do gato fedorento para a MEO". Ou o grupo "MOSH ao TAG!!!". Etc, etc, etc.

Da parte que me toca e puramente enquanto consumidor estou a pensar em criar o grupo "desculpe, eu pedi Sumol e não Frisumo".

Para mais ideias gratuitas, por favor enviar mail .

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Diálogo Digital

Num momento em que marcas, produtos e outros "clientes" se atropelam para deitar a mão à "moda" das redes sociais (...e enquanto as agências de meios, comunicação e publicidade deste mundo esfregam as mãos de contentes porque descobriram a nova galinha dos ovos de ouro ou apenas a maneira de sobreviver à desgraça de mercado que 2009...) algumas saem-se bem melhor que outras...

Simples, eficaz, to the point, mutável e evolutivo. Estas são as premissas que deveriam estar no ponto fulcral da criação estratégica de qualquer campanha ou acção que se quer "digital".

Simples: a ideia deve ser perceptível à interpretação da maior parte das pessoas. E uma vez que a comunicação da mesma será feita pelos próprios utilizadores, convêm que seja clara de forma a evitar "incompreendidos"

Eficaz: eficiente, fácil. A maior das pessoas procura apenas duas coisas nos produtos digitais: diversão e/ou utilidade. Por isso convém testar, questionar procurar a forma mais eficaz de conseguir chegar ao objectivo proposto.

To The Point: o produto digital deve ser directo. deve levar o utilizador imediatamente ao seu objectivo. não perca tempo com barulhos de fundo, gimmicks, ou cartas debaixo da manga. O target quer saber para que serve, para decidir rapidamente se vai usar ou não aquilo que lhe oferece.

Mútavel/Evolutivo: deve ter espaço para a mudança e para participação do utilizador enquanto motor na evolução do produto. É preciso ter os canais de comunicação abertos. Na era digital tudo é um diálogo. Acabaram os "palanques" e os "speakers corners" tudo é uma enorme conferência aberta.


Exemplo:

"Nike True City"


Nike True City Full Trailer - Official HD Version from NikeSportswear on Vimeo.

Info:

On January 14th, 2010 Nike Sportswear will release True City, an iPhone application that provides users with a unique insight into six European cities, making the hidden visible through the knowledge and insight of Nike Insiders—local tastemakers who pride themselves on being at the forefront of things happenings in their cities. True City is not just another digital guidebook application. Itʼs a powerful combination of premium, geo-tagged content, the latest iPhone technologies, and social media integration—updated in real-time by real people. All with Nikeʼs unmistakable irreverence.


Fun mas não abusem



Como sabem os leitores deste espaço, a equipa do Buzzofias apresentou uma ideia para os Fun Theory Awards, concurso de ideias "patrocinado" pela VW - se clicarem podem sempre descobrir um dos nossos alter-egos, ou então apenas o nome do amigo que submeteu a proposta ;).

Termina hoje, finalmente, e salvo nova indicação, o período de votação. Depois de haver um período de apresentação de propostas até dia 15 de Novembro, prolongado no limite até dia 15 de Dezembro, e de no dia 15 de Dezembro se saber que afinal a votação era até dia 15 de Janeiro, parece que é desta que o concurso acaba. Entretanto, descobrimos também que apenas os 10 primeiros passam à fase de escolha do júri, regra que não constava do pacote inicial.

Estas mudanças das regras com o jogo a decorrer, motivada, julgo eu, pela adesão crescente da acção, faz com que os primeiros saiam prejudicados (as ideias do top ten, neste momento, entraram a 15 e a 16 de Dezembro...). Por exemplo, o nosso esforço, e o de todos os que nos apoiaram, acabou por ser feito antes do tempo, com a agravante da ideia contribuir para inspirar outros a fazer algo semelhante.

Mais uma vez, a ideia é uma boa ideia, agora a execução...

Mas enfim, para mostrar que não somos rancorosos nem temos mau perder, num gesto perfeitamente altruísta, gostaríamos de convidar todos os nossos leitores a votar em todos os outros projectos do top ten dos Fun Theory Awards. Basta escolher a ideia no menu à esquerda e depois clicar uma ou mais vezes na primeira bolinha, ou seja, só a primeira deve ficar azul.

Se ainda houver tempo votem em nós, mas marcando as cinco bolinhas a azul. Como o sistema de votos não limita, podem repetir a fórmula pelo menos até à meia-noite.

Nestas coisas, tal como nos sorteios do Totoloto, o que falta é o sr. representante do Governo Civil...

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Atenção! Blogger à espreita


Existem várias diferenças na comunicação com um jornalista e com um blogger que um consultor ou assessor deve ter em conta. Mesmo! Falo, sobretudo, na troca de informação e como esta é prestada.

O blogger, e falo em sentido lato, não tem código de ética nem deontologia profissional a seguir. Não tem provedor nem editor que o controle.

O único critério que segue é o seu, ou dos interesses que o movem e que, por vezes, o controlam; e o seu bom-senso que, como sabemos, é qualidade de não abunda por aí. Um blogger nem sempre entende o conceito de fonte e da importância que esta tem para o seu trabalho (até porque, em Portugal, são, na sua maioria, amadores). Muitos bloggers não entendem o conceito de confiança que está implícito na relação com a fonte e isso torna esta comunicação bastante mais sensível.

Não digo que isto se passe por má vontade, mas talvez seja uma questão de formação (ou falta dela).

Escrever ou trocar e-mails com um blogger pode significar ver o seu conteúdo publicado na integra no blog, em nome de uma suposta transparência ou da falta de tempo. Ou seja, conversas e informações que por norma são editadas pelos jornalistas, que são tidas em off, informações de enquadramento que quando transcritas perdem significado, não merecem igual tratamento de bloggers.

Mais, o blogger não tem o dever de ser isento na informação que presta nem de contrapor versões e argumentos, tal como o jornalista.

Por isso:
- é fundamental conhecer o blog e o blogger, ainda melhor do que o jornalista e o meio
- a informação deve ser adaptada ao blog, tal como ao tipo de meio
- a informação prestada ao blogger deve reduzir-se ao essencial e como se se destinasse, imediatamente, a publicação

Estas indicações não são válidas para quem se limita a enviar comunicados para os bloggers, como se de repositórios de informação se tratassem. São para quem com eles comunica e pretende evoluir para um nível seguinte. São uteis para as marcas, mas sobretudo para quem as aconselha.

Por isso, o meu conselho para 2010 é: Atenção ao que dizem, e sobretudo com o que escrevem, a um blogger!

PS: Este post está escrito há uma semana e é publicado hoje depois de ler este. Afinal, quem é o blogger e quem é o jornalista?

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Pois é, não somos os únicos...




Desta vez, fomos incluídos no post do Rui Calafate, das melhores coisinhas de 2009. Sim, porque se houve coisa boa no ano que passou, foi uma boa dose de Buzzófias!

Agradecemos a nota e acusamos o toque: façamos, assim, votos que 2010 traga muita bazófia venenosa...

Só discordamos de uma coisa: a melhor jogada de 2009 foi o desmascarar dos Buzzófianos pela Briefing.. ou será que foi aqui??!!??

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Coisas que, assim de repente, marcaram 2009 (nesta área e para mim)

Flash mobs patrocinadas
Petições online
Redes sociais
Jogos e envio de "coisinhas queridas" no facebook
Jornalismo do cidadão
Abertura do i
Pseudo-provável-pressão política nos meios de comunicação
Advento (e desaceleração) do twitter
Comunicação política (má e Obama-look-alike)
...

Nota: Esta lista, feita após 5 minutos de reflexão, é aberta a contributos na caixa de contactos

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Copy presidencial?


O Metro de Lisboa comemorou, no passado dia 29 de Dezembro, 50 anos. Uma das iniciativas foi a colocação de uma carruagem nos Restauradores, em Lisboa, com uma exposição no interior. Como se vê na foto (carregar para ampliar) - tirada em movimento - a frase usada para atrair o visitante, é: "Quer um túnel? Vá de metro!".

O mais interessante é que há uns meses atrás, António Costa, presidente da Câmara de Lisboa, lançou, durante a campanha para as autárquicas em Setembro, um slogan, digamos, algo semelhante, para promover "uma nova mobilidade", fazendo dele um inusitado copy writer.

Ou será apenas uma coincidência criativa?

A caminho de uma nova internet

Tiago Silvério Marques, criador da consultora, Marketing de Peso, assina um interessante artigo na MKT Online que revela os caminhos da Internet. Dos primórdios ao futuro, com uma síntese concreta daquilo que é hoje a Internet e quais as possibilidades que apresenta para as empresas. A ler!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Facebook ultrapassa Hi5

De acordo com uma notícia do Briefing, o Facebook ultrapassou pela primeira vez em Portugal, o número de page views do Hi5 no último mês.

Esta notícia é o resultado de um estudo GFK/Briefing, que revela ainda que o Facebook, ao contrário das restantes redes sociais, apresenta valores mais altos de adesão no intervalo entre os 25 e os 34 anos, enquanto as restantes têm maior sucesso na faixa entre os 15 e os 24.

Para as marcas que cada vez mais apostam nestes territórios, este é, sem dúvida, um estudo relevante para adequar as suas apostas de comunicação aos targets-alvo de cada um dos seus produtos e/ou serviços.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O ano em revista

Chega a esta altura e os meios de comunicação social desatam a passar em revista os "acontecimentos do ano". Sendo maioritariamente consensuais os grandes temas, a selecção ou a forma de abordagem responde sempre aos critérios de quem faz a escolha.

No sábado, o Público, através de Helena Matos, fez a sua revista com as fotografias que marcaram 2009. Alguém que tivesse, imaginemos, acordado de um estado de coma iniciado um dia 1 de Janeiro e se dirigisse, nesse mesmo dia, a uma banca para comprar o jornal, daria graças a um qualquer Deus por não ter passado este ano, tal era o negativismo e a carga pessimista da escolha. Talvez seja reflexo de uma linha editorial que o jornal tem vindo a adoptar, com resultados bem visíveis.

Ao Público, e a todos os meios de comunicação, mais optimismo e boas notícias em 2010.

Aeroporto ao rubro (ou então apenas "contentinho")

Postal de Natal da Tap e da ANA.

A meu ver, as flash mobs nacionais pecam (quase) sempre pela selecção musical, muito repetida, e pela falta de "actores", que anula o efeito de contágio. Embora seja "mais do mesmo", não deixo de ficar surpreendido ao ver as empresas (cinzentas) apostar neste tipo de acções.



Sei que este post vem com uns dias de atraso, mas as festividades afastaram-me da tecnologia.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Guerilha viral. Literalmente!


Acção de guerrilha (Torke?) de suplementos alimentares. Aproveitar o momento (timing) é um dos segredos para ter sucesso, ou para levar uma valente tareia. Pelos vistos correu bem.

sábado, 12 de dezembro de 2009

O buraco 19 de Tiger Woods


Mais recente, ou última, a ver vamos, campanha de Tiger Woods para a Accenture, e que foi ontem retirada do site da consultora.

A razão pode bem ter sido o que Woods pretende fazer a seguir (What he will do next).

Em poucos dias, o número 1 do golfe e o mais bem pago desportista do mundo passou de exemplo a seguir a muito mau exemplo, na sequência do(s) escândalo(s) sexual(is) de Tiger Woods, que têm sido divulgados a conta-gotas, na sequência de um desastre de automóvel que envolveu o golfista. Confusos? Também eu.

Citando a Bloomberg "No. 1 golfer has seen his ranking among celebrity endorsers plunge to 24th from sixth since reports of his extramarital affairs surfaced last month. The publicity surrounding Woods may taint Accenture’s brand more than other sponsors because the company’s ads tie him so closely to its values".

Se na semana passada todos os patrocinadores garantiam a continuidade em Woods, hoje parece não ser bem assim. E, ou muito me engano, o mal é sair o primeiro.

Um dos problemas do endorsement é que assenta em pessoas e na sua notoriedade, e por muito que elas se identifiquem com as marcas, e vice-versa, nunca serão perfeitas. Aparentemente, como as marcas o são.

Poster Tagus

Havia os cromos, os g'anda cromos e, agora, os pósteres.

A nova campanha da Tagus mantém a linha irreverente, com uma forte presença no on-line, à semelhança desta outra. Claramente, uma aposta no público mais jovem, de uma marca que corre por fora. Pessoalmente, não gosto de cerveja Tagus, mas a campanha é tão boa que até ia uma.

Aqui fica uma amostra daquilo que eles procuram.


A campanha marca, também, o regresso de "este senhor", figura maior do vox pop nacional, surgida das Noites Marcianas, na SIC.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Pai Natal em risco


Não queria ser eu a dar esta notícia, mas temo bem que seja verdade. Espero que não haja crianças nem pessoas intelectualmente pouco ambiciosas a ler este blog, porque o que vem aí não é fácil.

O PAI NATAL TEM OS DIAS CONTADOS! (Leopoldina e Popota são as sras. que se seguem).

Sim, o nosso símbolo preferido do consumismo, pelo menos entre 15 de Novembro e 31 de Dezembro, está irremediavelmente ameaçado e os culpados são aqueles paninhos "grená", aparentemente inócuos, que, a pouco e pouco, começam a substituir os srs. de vermelho e outros apetrechos natalícios made in China que escalam as fachadas de prédios e moradias por este país fora.

Se pensavam que eram apenas sras de idade a tirar o pó aos naprons enganam-se. Faz tudo parte de uma campanha comercial, perdão, espiritual com um só objectivo: aniquilar o Pai Natal e substituí-lo pelo menino Jesus.

Cada um destes bonitos atoalhados está à venda nas lojas da especialidade, leia-se Paróquias, por apenas 15 euros e há inclusive um concurso que premeia a melhor fotografia tirada a um destes estandartes, imagine-se, com 12 garrafas de espumante, à boa maneira cristã.

Estandartes de Natal 2009”, numa varanda perto de si!

Para quem não se lembra, esta já é uma questão antiga.

Centenário custa 99 500 euros


Anda por aí uma notícia a circular de que o governo português pagou ao atelier do senhor Cayatte uma quantia obscena de euros para fazer o site comemorativo do centenário da república.

Diga-se de passagem que o trabalho de design, programação, desenvolvimento, implementação deste tipo de sites, costuma ser caro, tirando o facto de que este é feito em Drupal (aplicação opensource ao alcance de todos). E, surpresa das surpresas, o layout do mesmo, não é mais que uma adaptação de um layout padrão do dito opensource, apenas com uma ligeira personalização de cor.

Uns a contar tostões e outros com o eurotachões, er.. ajustes directos deste gabarito.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Olhá qui coisa máis linda!


E que bonito é ver a blogosfera toda toda a apoiar-nos!

No Facebook, a movimentação tem sido enorme, com o apoio do Rodrigo Saraiva e do João Villalobos, grande monstro dos blogues! O Rui Calafate e o Renato Póvoas já postaram, também, o seu apoio!!


Agora só falta mesmo ganharmos!

Update:

A blogosfera continua a vibrar e o apoio está no ar (desculpem a rima fácil). Obrigado pelo apoio do Telmo Carrapa - bem-vindo -, da Carla Bulhões, extensível, digo eu, à equipa do Lugares Mesmo Comuns, e do João Mateus, cujo blog ainda não conhecia. Thank's also to Madame.

E acho que não fica nenhum agradecimento por fazer.

JC

Os verdadeiros buzzofias são...


Chegou a hora de terminar o tabu. Estamos fartos de estar no anonimato e vamos sair do armário, doa a quem doer.

Os meus colegas que me perdoem a ousadia, mas chegou o momento.

Chegou a hora de revelar quem são os verdadeiros buzzofias.

Não procurem mais e vejam aqui TODA A VERDADE!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Editorial amigo do Ambiente


Este editorial foi publicado ontem em 56 jornais de 44 países, em 20 línguas, numa acção de comunicação global inédita. Em Portugal pode ser lido no jornal Público.

O objectivo foi, através dos media, pressionar "quem manda", no mesmo dia e com a mesma mensagem, para que definam metas concretas em Copenhaga.

Our own fun theory


"Não perguntes o que é que o teu blog favorito - ou aquele por onde passas os olhos quando não tens mais nada que fazer - pode fazer por ti, pergunta antes o que é que tu podes fazer pelo teu blog."

E a resposta é votar.

Não nos Super Bock Super Blogs, por enquanto, mas no prémio atribuído pela VW na acção de comunicação que vai arrebatar tudo o que são prémios no próximo ano: "The Fun Theory Awards".

A nossa proposta, que temos a certeza seria capaz de mudar o comportamento da malta que insiste em atirar garrafas e copos para o chão antes, durante e depois da farra; é um caixote do lixo que "passa" música ou uma jukebox que trabalha a copos de plástico e garrafas de vidro. A ideia até podia não ser brilhante - que o é - mas somos os representantes nacionais no concurso e isso merece respeito - ou pena, o que vier primeiro.

Assim sendo, para ganhar precisamos da vossa ajuda. Votar aqui e fazer muito lobbying (leia-se convencer mães, pais, filhos e avós, amantes e namorados, cães e gatos, a votar) pode ser o suficiente. O vídeo está também disponível no Youtube.

As participações fecham dia 15.

Comentários à ideia, na caixinha abaixo.

Tou a ver se pega


Tentar não custa. Na pior das hipóteses ouvimos "não" como resposta, na melhor conseguimos o objectivo.

Isto vem a propósito deste email original que recebemos na nossa caixa do correio:

"Olá, boa tarde :)

Antes de mais, este mail é a propósito de um post feito pelo/a JC:
http://buzzofias.blogspot.com/2009/05/tou-nostalgico.html.

Basicamente criámos uma página de fãs no Facebook dos nosso tão adorados TOU:
http://www.facebook.com/pages/TOU-DE-VOLTA/186899541633?ref=mf.

E quem somos nós?

Bom.. Basicamente, somos um grupo de 4 alunos do Mestrado em Publicidade e Marketing da ESCS, que está a tentar tirar 20 na cadeira de Publicidade Online. Neste caso, o grupo que obtiver mais fãs de uma página, recebe esse "presente". Escusado será dizer qual é a nossa página.. E que ficaríamos honrados se fossem nossos fãs (e, já agora, um post no Buzzófias?) (ui, mas isto não entra na categoria de posts pagos?) (uuuuhhh posts pagos é que não, posts pagos são tabu!!) (hmmm.. not). :D

Bom, seja de que forma for, agradecemos a disponibilidade.

E JC, sempre podes matar algumas saudades. :)

Muito obrigada.

Com os melhores cumprimentos,
DC (se vocês podem encriptar, também posso?) ^^

--
Tou...de Volta!
Cromo da Bollycao
Pagina Facebook:
http://www.facebook.com/pages/TOU-DE-VOLTA/186899541633?ref=mf"

Aqui fica o nosso contributo. Já somos fãs e eis o post. Dois em um.

Parabéns pela originalidade, pela forma e pelo conteúdo.

Advertising killed MySpace?


Artigo interessante na edição deste fim-de-semana do FT sobre o MySpace, um dos fenómenos da web 2.0..

Uma das razões apontadas para a queda daquele que parecia ser the next big thing da Internet terá sido o modelo adoptado, demasiado "poluído" pela publicidade, afectando, inclusive, directamente, a experiência do utilizador.

A comunidade, a tribo, pela qual Murdoch pagou $580 milhões, terá sentido que aquele já não era o seu espaço e desertou para outras paragens como o Facebook ou o Twitter.

O resultado poderá ser um regresso às origens do MySpace, mais focado nos conteúdos de TV, filmes e música, ou seja, “the place where content gets socialised”. A ver vamos se ainda vai a tempo.

Pessoalmente, julgo que a web 2.0. vive muito destes fenómenos explosivos, de grandes sucessos que se vão apagando à medida que o fogo esmorece.

As comunidades que os (nos) "alimentam" são mais voláteis, cansam-se mais depressa e precisam de mais incentivos. Aos primeiros sinais de arrefecimento trocam de parceiro. Todos querem experimentar, mas nem todos vivem a experiência.