quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Não é novidade, but Sex sells



Clicar na foto para ampliar.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

As contradições de Zeinal Bava

Tenho para mim que um dos princípios básicos de uma estratégia de comunicação, seja empresarial ou pessoal, é a coerência. Por isso, vejo com especial estupefacção as contradições do responsável máximo da PT, Zeinal Bava.

Negociou um contrato relativo aos conteúdos de Pay-TV antes da separação PT-PT Multimédia (que deu origem à Zon), mas hoje reclama da relação privilegiada entre a Zon e a Sporttv, na qual a Zon tem uma participação. Curiosamente isso não lhe fez confusão antes da cisão.

Agora, com a compra da Oi por parte da PT, parece que quer introduzir no Brasil o tema Tarifas de Terminação (pagamentos de um operador a outro por cada chamada que termina nas outras redes), algo que beneficia os operadores mais pequenos, como é o caso da Oi em terras de Vera Cruz. Curioso. Em Portugal, devido ao facto da PT ter o maior operador móvel (TMN), luta com unhas e dentes contra esta regulação que tira receitas ao incumbente.

É a chamada ética que mais nos convém...

sobre as redes sociais


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Tendência para 2011: Flash weddings, mob!

O fim do monopólio Sporttv?


Política. TV. Futebol. Esta espécie de triângulo das Bermudas parece que vai conhecer um novo capítulo que promete mudar o panorama do desporto-rei em Portugal.

Reféns do controlo da Olivedesportos, os clubes portugueses pouca margem de manobra têm. Vivem ao sabor dos interesses deste grupo (detentor da Sporttv), porque os seus orçamentos vivem desta grande migalha que são as receitas das transmissões televisivas dos seus jogos.

Com cofres totalmente depauperados, e sem quaisquer fontes de receitas, para além de uma venda ou outra de um jogador, os clubes preferem jogar às 21h de uma sexta-feira para 200 pessoas, pois isso garante-lhes a receita televisiva que assegura a sua sobrevivência.

Porém parece que agora tudo está em vias de mudar. Segundo o Record de hoje, um novo grupo de comunicação, com investidores tanto portugueses como estrangeiros, e que será encabeçado por Rui Pedro Soares e Emídio Rangel, se prepara para revolucionar o sector.

Para já, asseguraram os direitos de transmissão da Liga Espanhola, e tudo parece encaminhar-se para um acordo pelos direitos dos jogos do Sport Lisboa e Benfica, que pretende aproximar o seu contrato de cedência dos seus jogos dos valores dos contratos dos principais clubes mundiais.

Com um valor de assinatura a rondar os 12/15€ mensais de acordo com o diário desportivo (menos 10€ que a assinatura da Sporttv), esta entrada do novo canal, prevista para 2012, promete revolucionar o mercado, com uma feroz competição entre os dois players.

E ao que parece o canal promete não ficar por aqui e poderá vir a oferecer a outros clubes de média dimensão valores semelhantes aos que recebem agora, mas apenas para transmitirem os jogos contra os grandes, podendo assim os restantes jogos voltar ao seu horário tradicional, domingo à tarde.

Como em qualquer mercado, a concorrência é positiva para o consumidor final, por isso resta saber qual o impacto desta entrada e qual a resposta da Sporttv para garantir o seu domínio incontestável.

Afinal, parece que o poder instalado no futebol, de Joaquim Oliveira, que tanta suspeição já levantou ao longo das últimas décadas, pode ser posto em causa. A ver vamos se os tentáculos do polvo conseguem aniquilar a concorrência. Mas sem o clube que mais vende entre os seus clientes, como poderá a Sporttv vencer esta guerra?

Esperamos as cenas dos próximos capítulos que ameaçam incendiar o futebol nacional (já de si bastante incendiário) e transferir o seu palco do relvado para os estúdos de televisão.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O novo paradigma da comunicação

"Tudo o que passa, passa na TSF". Este é o slogan da única rádio de notícias portuguesa. Uma breve adaptação seria o suficiente para mostrar o peso das redes sociais: "Tudo o que acontece, acontece nas Redes Sociais".

Há já algum tempo que se ouve que o futuro da comunicação são as redes sociais. Cada vez mais esta ideia parece desactualizada. Não é o futuro, mas sim o presente. Há dias, falámos aqui da importância das redes sociais e que até as ditaduras as utilizavam para veicular as suas mensagens e garantir a manutenção do seu sistema política.

Pois agora parece que o efeito foi exactamente contrário. O derrube de Ben Ali na Tunísia teve como base de sustentação a intervenção via rede sociais que permitiu ao país do Magrebe ver-se livre das amarras do regime com várias décadas de existência.

Por isso, já sabe, se quiser fazer uma revolução, deixe-se de músicas do Paulo de Carvalho na rádio e espalhe a sua mensagem pelo Facebook ou pelo Twitter.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A responsabilização das mensagens

Para qualquer estudante da área da comunicação, uma das primeiras coisas a ser ensinada é o poder da mensagem, o seu alcance e efeitos no emissor. A questão que se levanta é se todos aqueles que têm visibilidade mediática têm consciência do alcance das suas palavras.

O Nobel da Economia, Paul Krugman (que esteve em destaque em Portugal esta semana devido às críticas à taxa de juro da venda da dívida pública) assina hoje um artigo muito interessante no jornal I, acerca da responsabilidade do partido Republicano no massacre do Arizona no fim-de-semana passado, em que um jovem, com perturbações mentais, tentou matar uma congressista, acabando por tirar a vida a mais 9 pessoas.

A retórica de Sarah Palin e alguns dos seus fiéis lacaios pode ter sido o dínamo para esta massacre, segundo Krugman, como já havia acontecido no fim da era Clinton com o atentado de Oklahoma, de acordo com o economista.

Deixo apenas um breve pensamento: sorte a de José Sócrates ter nascido em Portugal. Fosse ele Presidente dos EUA e a esta hora já um maluco qualquer o tinha crivado de balas...

Anúncio ao mercado

Nós não somos o @SpinDoutor.
Se fossemos o perfil seria SD.

Obrigado.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Coelho a Presidente

Caso não tenham reparado, diz-se que decorre a campanha presidencial. Consta que os portugueses estão indecisos entre votar no BNP, BPP, AMI ou emigrar. Há um Nobre, um poeta, um outsider (Cavaco Silva), um Defensor (que está sempre ao ataque), mais dois ou três, e um Coelho (o senhor que fala esquisito - não é do Norte é da Madeira).

De tudo o que se tem dito, que é manifestamente pouco para o futuro da país - sim, é isso, em última instância, que está em causa - surpreende-me a campanha de José Manuel Coelho. Com parcos recursos (cerca de 10 mil euros), e à distância (essencialmente na Madeira) surge todos os dias nos telejornais a malhar em Alberto João Jardim (AJJ), em geral, e nos políticos, em particular.

Mais. Usa os minutos diários do Tempo de Antena, num home video de qualidade duvidosa, que por vezes parece dobrado em madeirense tal o desfasamento entre som e imagem, numa campanha nacional contra a política de AJJ. Melhor, e mais barato, era impossível.

Parabéns aos estrategas de Coelho, por ser o mais original e eficaz, sobretudo com os recursos que tem. Arrisco a dizer, o mais genuíno.

De resto, tudo na mesma e nada de novo. Ideias novas precisam-se.

Why dictators are going digital

E se o mundo da liberdade, onde qualquer pode ter voz, que é a Internet, pudesse virar uma arma para os regimes totalitários controlarem os povos subjugados e assim prevenir eventuais revoltas e subversões? Esta é a teoria de Evgeny Morozov, habitual colaborador do The Economist, que acaba de lançar um livro que põe em causa o carácter pró-democrático que é commumente atribuído à Internet.

Fazendo jus ao ditado português "Com papas e bolos se enganam os tolos", também este autor bielorruso questiona o papel da Internet na eliminação da consciência política dos cidadãos, através do fácil acesso a um conjunto de formas de entretenimento que diminui fortemente a massa crítica das sociedades para lutar contra os regimes totalitários.

Um visão diferente e, acima de tudo, extremamente pertinente que o The Economist nos dá a conhecer aqui.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Let designers do their job

Os bons artigos falam por eles mesmo. Por isso recomendo este, do The Guardian, assinado por Justin McGuirk, acerca dos logos dos Jogos Olímpicos e o porquê da importância dos políticos deixarem os designers trabalhar em nome de um resultado final à altura.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A referência dos Marketeers


Acabo de ver na Meios & Publicidade que a Marketeer chega hoje às bancas com uma nova imagem por ocasião dos seus 15 anos.

É justo que façamos referência aquela que é a publicação referência do sector do Marketing. A sua aposta numa nova imagem revela que podemos esperar pelo menos mais 15 anos de notícias sobre as marcas, as suas estratégias e o que de melhor se faz nesta área.

Lembro-me dos tempos de faculdade, em que a Marketeer começou a fazer parte dos meus hábitos de leitura, revelando-se um precioso auxiliar para muitos trabalhos desenvolvidos ao longo dos saudosos tempos universitários.

Parabéns Marketeer.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

And all goes down to the internet

De acordo com Agência Financeira, a Internet está quase a tirar lugar à TV na procura de informação nos EUA. E se a este facto juntarmos a notícia de hoje do Diário Económico, que refere que a Internet e o Cabo irão salvar o investimento publicitário de 2011, parece que a conclusão começa a ser óbvia: chegou a hora de apostar as fichas todas na Internet. Quer da parte dos anunciantes, que poderão tirar maior retorno para as suas marcas através desta plataforma, quer para os grandes grupos de comunicação, que terão na Internet a sua maior fonte de receitas.

E se todos definitivamente se aperceberem desta realidade, por certo que rapidamente assistiremos às mais diversas formas de inovação na Web, já que esta é a única plataforma que poderá garantir a interactividade que as marcas e os consumidores cada vez mais exigem.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Os junkies das novas tecnologias

A partir de agora novas expressões ganham vida, tais como: "Estou a ressacar do Facebook" ou "Sou o António Soares, tenho 42 anos, e sou um viciado no Twitter" ou ainda "Estou há 20 dias sem ir ao MSN mas quero pensar num dia de cada vez para me sentir curado".

O Homem é um animal de hábitos... e de vícios. Pelos vistos as Novas Tecnologias são o vício do Séc. XXI, mas ao menos fazem menos mal à saúde do que outros.

Qual liberdade de imprensa?

A notícia do Público de hoje é assustadora quando pensamos como a mesma é possível em pleno século XXI, num país que a partir de hoje preside à União Europeia (UE) até ao final de 2011.

A promulgação de uma lei que sujeita qualquer notícia a aprovação prévia de uma entidade reguladora (totalmente nomeada pelo Governo) faz lembrar os tempos idos do célebre lápis azul da ditadura salazarista. E pior do que a existência de uma lei desta natureza num país que integra a UE, é saber que a mesma é extensível aos blogues (se bem que aqui é mais facilmente contornável pois basta alojar os blogues em servidores estrangeiros).

Esta realidade deve suscitar reflexão a dois níveis. Primeiro, pensar que afinal a liberdade de imprensa (e até de expressão no caso da blogosfera) não pode ser vista como um dado adquirido pois um regime ditaturial pode colocá-la em causa. Segundo: até que ponto a liberdade de imprensa é uma realidade? Em Portugal repetem-se os casos de alegadas pressões políticas do governo rosa de Sócrates para controlar informação... algo que é também uma realidade em outros países democráticos. Adicionalmente, em todo o globo, os órgãos de comunicação social pertencem a grandes grupos económicos o que obviamente coloca "algumas" limitações à total liberdade de imprensa.

Liberdade de imprensa? Qual liberdade de imprensa?