terça-feira, 30 de setembro de 2008

ID ME:to be the same

Sê verdinho e amigo.
Não poluas. Separa o lixo. Planta qualquer coisa que devolva oxigénio. Ajuda o próximo. Não lixes ninguém.


Partilha. Contribui.

Parece.
Mesmo que não Sejas.

Compra. Compra. Compra.

Porque TU mereces.
Compensa. Vive tudo. Senão falhas.
Escolhe à tua medida.

Como e quando quiseres.

Imagem.
Equipa o corpo. Traduz o que gostas.
O que julgas que gostam.

Personaliza os nike. O mini. O myspace.
Produz o que queres consumir.
Cria. Há arte em todos.

Trabalha-te. Molda-te.
Vende-te.

Cria
buzz com ou sem buzzófia.

És uma marca.
Desenvolve uma estratégia e posiciona-te.
Estás em mercado aberto e és especial.
Entre outros.

Entre os que Parecem.
: os que São
: e os que ainda não perceberam…

Algarve ou Allgarve?

Esta notícia levantou em mim uma série de dúvidas que passo a partilhar.


O que é feito do Europe's West Coast? Será que foi apenas uma campanha “bonita”, com os "grandes talentos portugueses" e muitos meios, para posicionar Portugal em lugar algum? E quais os resultados de todo este investimento? E a notoriedade do País? Será que melhorou muito com o trabalho da conceituada agência de RP? Seria esta a ideia de Pedro Bidarra quando, em 2003, idealizou o conceito? Duvido!

Custa a compreender como é que um País com apenas 10 milhões de habitantes, maioritariamente iletrado, envolto numa crise social e económica, gasta recursos em tantas campanhas avulsas, ora a promover-se em Espanha, ora em Inglaterra, ora onde calhar.

Meus srs., as boas práticas importam-se! E nesse campo, “Espanha marca®” pontos!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

See the difference?

A "guerra" Microsoft (PC) - Apple (Mac) está cada vez mais ao rubro. O aumento da quota de mercado da Apple, alavancada nas vendas dos iPods e iPhones, começa a incomodar o gigante da informática e prova disso são os 300 milhões de dólares (qualquer coisa como 210 M €) gastos na mais recente campanha da empresa de Bill Gates, "Life Without Walls".

Depois dos três anúncios protagonizados pelo próprio Bill Gates e por Jerry Seinfeld, que reuniu largas criticas de consumidores e dos especialistas em publicidade - excelente ilustração da Vanity Fair -, numa tentativa forçada de ser cool, eis que chega a "segunda fase" da campanha. A rodar na Internet, e não só, está a resposta da Microsoft - apenas (!?!) um ano depois - ao anúncio da Apple "I'm a Mac". 


Famosos e menos famosos à parte, Do you see the difference?


Regra geral, a cópia "descarada" raramente pega. A anúncio da Apple tornou-se tendência e gerou dezenas de seguidores (pelos vistos até a própria Microsoft). O da Microsoft dificilmente o fará.

Ser PC não é cool, não significa nada mais do que complexidade, tecnologia pesada e "ecrãs azuis". Ser Mac é mais do que isso, é um estilo de vida. E, infelizmente para a Microsoft, não é porque algumas celebridades bem pagas dizem o contrário que nós vamos acreditar.

PS: Steve Balmer, CEO da Microsoft vai estar em Portugal dia 3 de Outubro.

youtube podia ser last season..



.. ou a importância de ter a ideia certa no momento certo.

Mau copy #2 (ou quando ao humor involuntário se junta o humor negro)

PRESS RELEASE
Não há memória de uma acção assim



Em parceria com Alzheimer Portugal e Parque Natural Sintra –Cascais PAPA-LÉGUAS REALIZA PASSEIOS DE VOLUNTARIADO COM DOENTES DE ALZHEIMER .


UM PASSEIO INESQUECÍVEL
28 SETEMBRO 2008

A ideia deste projecto surgiu a partir de uma conversa amigável durante uma caminhada na Costa Vicentina. A necessidade de sensibilizar a opinião pública para a importância do coberto vegetal em Portugal; a alegria de colaborar em trabalhos de plantações de árvores e cortes de plantas parasitas… E porque não realizar estas actividades com os utentes da Alzheimer Portugal? Foi com base nesta ideia simples que chegamos a esta actividade que realizaremos no próximo dia 28 de Setembro.

Desta forma levaremos 25 doentes com Alzheimer com os respectivos familiares e voluntáriospara a serra de Sintra. Limparemos as heras que sufocam muitas das centenárias árvores do parque e, simbolicamente plantaremos 25 árvores (uma por cada doente, para que as mesmas perpetuem a memória de quem as plantará.

A ajuda e boa disposição dos voluntários, que também são clientes e amigos, permitirá criar todos os condimentos para um DIA INESQUECÍVEL…. Haja mais dias assim!

Blog Action Day


O buzzófias também aderiu à causa! Agora sim, isto começa a tomar forma.

Para quem ainda não sabe o que é, trata-se de uma iniciativa que acontece pelo segundo ano e que visa sobretudo promover a discussão - mas também angariar fundos -, no maior número de blogs, sobre um tema. Em 2008 é a pobreza, que deverá ser motivo de conversa - e de posts - por todo o mundo no dia 15 de Outubro. São já mais de 4761 blogs registados, prontos a apoiar a causa. 

Se isso vai contribuir efectivamente para aliviar o Mundo desta chaga, duvido, mas a blogosfera adora uma boa causa.

Dia 15 "postaremos" certamente algo sobre o tema e o logo já está por aí.

domingo, 28 de setembro de 2008

Eclipse total ?

Ironicamente, o maior perigo está no período de máxima escuridão (95% ou mais). Isso acontece devido à falta de luz (quatro vezes menos que o brilho de uma lua cheia), fazendo a pupila dilatar-se, deixando que mais luz passe. Infelizmente, é justamente nesse período que coroa solar torna-se visível aos olhos, cujo repentino brilho pode causar dano imediato e irreversível à retina

The return of Sacha

Sacha Baron Cohen (Borat, Ali G ou Bruno - o repórter fashion victim / estilista de origem austríaca) foi preso ontem em Milão... durante um desfile de Agatha Ruiz de La Prada. O actor inglês invadiu a passarela, munido de capa preta e peruca loira e acabou detido. 

A cena tem todos os ingredientes para fazer parte da estratégia de marketing escolhida para promover o próximo filme do actor - título provisório "Bruno: Delicious Journeys Through America for the Purpose of Making Heterosexual Males Visibly Uncomfortable in the Presence of a Gay Foreigner in a Mesh T-Shirt" - que está a ser rodado naquela cidade italiana: Polémica, filme a circular na Net (viral), notícias, etc. 

A dúvida é se não será demasiado óbvio e se os fãs vão aderir à acção. Temo bem que vão...

sábado, 27 de setembro de 2008

iPhoda-se


A segunda série d'Os Contemporâneos começou. Acredito que dos que sabem do que é que eu estou a falar, muitos tenham sido apanhados de surpresa pela "novidade". O surpreendente é nem começou esta semana, mas sim no dia 18 (!) quinta-feira, dia de UEFA e de mais algumas dezenas de coisas igualmente interessantes. Não ao Domingo, espaço que conquistaram a pulso na primeira temporada, mas à quinta-feira.

A provar que havia vida para além dos Gato Fedorento (e sem desprimor pelo quarteto), a RTP voltou a apostar na comédia. Infelizmente a aposta foi (é?) tímida e vamos ver por quando tempo se vai manter. 

Esta foi a única auto-promoção - genial - que passou... na Net, como diz Nuno Markl, "guerrilla-style", e por iniciativa dos autores. Mas, enfim, percebe-se porquê. Ultimamente a RTP tem andado ocupada a auto-promover outras caras.

A "guerra" das audiências tem destas coisas. O "fantasma" dos Gato Fedorento está aí (estreia dia 5 de Outubro) e a RTP prefere jogar pelo seguro "na minha geração".

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Spectrum ao poder.



Para geeks nostálgicos:

o portátil mais velho.com

Eleições Americanas

Voltando ao tema das eleições americanas, mais duas pérolas.



O primeiro, o vídeo divulgado no site TheGreatSchlep, onde a comediante Sarah Silverman apela aos netos de judeus que se desloquem à Flórida - conhecida pela sua enorme "colónia" de reformados judeus - e convençam os seus avós a votar em Obama. Silverman vende a ideia desta forma: os avós que votarem em Barack, ainda recebem uma visita dos netos este ano, os que não votarem... bom, como a própria diz: "If they vote for Barack Obama, they're going to get another visit this year. If not, let's just hope they stay healthy until next year."

Para não deixarmos John Mccain sempre de fora, aqui fica um site com a lista de todas as coisas mais jovens que o candidato republicano.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Só para Adultos...

O





Sim, este é um post com bolinha vermelha no canto...

A Diesel, que sempre nos surpreendeu com os melhores eventos que há memória. (Quem esteve há uns anos nas "cavalariças", ou depois no "casino ilegal", sabe do que estou a falar...)

Desta vez, "they've done it again"...

Utilizando a técnica que alguns conhecem com sfwxxx ( que será qualquer coisa como Safe For Web XXX), convidam o mundo para uma festa de temática porno realizada em 17 cidades ao mesmo tempo e com um cartaz de fazer corar de vergonha muitos festivais de Verão.

O video do convite é surrealmente simples e eficaz, mas não deixa ninguém indiferente...

Pena que a Lisboa não tenha calhado nada...

Nintendo faz YouTube estremecer

Não basta colocar vídeos no YouTube e apinhar sites com botões de "Envie a um amigo" para criar um efeito viral. Neste sentido (e a meu ver), são tiros ao lado os recentes esforços da McDonald's e Vobis neste campo, ainda que pelo menos um dos casos não tenha sido desprovido de sucesso.

O verdadeiro efeito viral parte sim do boca-a-boca. Vemos qualquer coisa de que tanto gostámos que queremos mostrar aos nossos amigos; queremos que se divirtam ou fiquem boquiabertos como nós ficámos. Vide, por exemplo, o vídeo do telemóvel Omnia i900 mostrado aqui há algumas semanas. Conteúdos criativos, memoráveis ou lúdicos são, assim, um requisito.

E criatividade e originalidade são elementos que não faltam na campanha de lançamento do novo jogo da Nintendo, Wario Land: Shake It!. E não é apenas um simples vídeo no YouTube.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Geração Google

O Google é uma ferramenta fantástica. Para alguém como eu, nascido em 80, é difícil conceber o trabalho sem Google - que faz anos no sábado, como eu. O Google é uma enorme janela de onde podemos olhar o mundo inteiro, do ângulo que escolhemos: as palavras de pesquisa.

Podemos pesquisar qualquer marca. Qualquer nome.

E, no mundo de oportunidades que o Google é, encontro também um problema. E se o Google me é desfavorável, a mim ou às minhas marcas? E se em vez de uma via verde para o conhecimento o Google for uma fonte de dor de cabeça? Os jornais que amanhã decorarão o balde do lixo, continuarão bem vivos nas páginas de sites e encontrá-los é uma questão de digitar as palavras mágicas. E uma dor de cabeça curada há muitos anos atrás pode "atacar" a qualquer momento.

Depois dos documentos de gestão de crise nos Media, não deviamos preparar a gestão de uma crise de Google?

Uma questão de cultura

O dia de ontem foi marcado pelo massacre numa Escola Superior na Finlândia, onde um jovem assassinou 10 colegas, suicidando-se em seguida. O tema faz manchete de vários jornais por toda a Europa, mas curiosamente, muitas pessoas na Finlândia não sabiam do sucedido já a tarde de ontem ia longa.

Tudo se deve ao facto de os órgãos de comunicação social finlandeses terem sentido alguma responsabilidade no sucedido, devido à ampla cobertura que haviam feito sobre semelhante acontecimento, que tinha ocorrido há cerca de dez meses, optando, por isso, desta feita, pelo silêncio ou não dando a devida relevância ao caso.

Será que isso seria possível em Portugal? Será essa a postura correcta dos jornalistas? Primeiro a liberdade de imprensa ou o dever cívico do jornalista, que é também um cidadão?

É uma questão difícil que não pode, sem sombra de dúvidas, ser vista fora do âmbito cultural de cada país. A cultura latina dificilmente aceitaria uma posição destas, pelo que é utópico pensar que em Portugal, Itália, França ou Espanha isso poderia acontecer.

Esta posição da comunicação social finladesa irá fazer com que este tipo de fenómenos não se repita no seu país? Tenho as minhas dúvidas, mas não deixa de ser muito interessante verificar a força que a classe jornalística tem. Neste caso, a força do silêncio!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Media Training

Faz o que eu digo, não faças o que eu faço.

Forma e Conteúdo

Na caixa de comments descubro reacções apaixonadas à campanha de Obama. É uma boa campanha. Comove e tem, aparentemente, unido os americanos por uma causa, ao mesmo tempo que os trouxe de volta à política.

Sei que apenas uma muito pequena minoria se preocupa com o conteúdo que os políticos têm para oferecer. É que para "mudar" os Estados Unidos é preciso mais do que bons virais e bons discursos. E das ferramentas necessárias ainda não vi grande coisa. É que as multidões depois de galvanizadas, podem tornar-se exigentes e espero mesmo que a equipa de Obama esteja a pensar nos tempos que se seguem ao 4 de Novembro.

Na caixa de comments em baixo, os meus colegas JC e ICS, falaram de "politiquices", "politicas", "medidas" e "lei". Adoro os virais de Obama, o seu sucesso no Facebook, os seus discursos. Mas é bom que ele domine as políticas, as medidas e a lei. É que sem elas não "muda" nada.

O início da Obamania




e tudo começou com isto.

Obamania



Ou como um homem se transformou numa marca.

Na marquesa com




Numa iniciativa que mistura a maca (autópsia) com o divã (psicanálise), a revista Wired coloca o trabalho de uma equipa de jornalistas, editores e fotógrafos na horizontal -- e à vista de toda a gente. Em Storyboard: a profile of a profile revelam-se todos os passos que antecedem a publicação de um perfil: a marcação da entrevista, os problemas com a fotografias, as angústias do redactor. O sujeito de tamanhas inquietações é o realizador Charlie Kaufman, homem pouco dado a atenções mediáticas o que obriga a uma abordagem delicada e várias dores de cabeça.

O que mais me impressionou neste show-and-tell é o contacto permanente, aberto e cooperativo entre editorias e repórter. Um trabalho de equipa permanente, atento e cuidado -- sem paternalismos ou tripes de ego.

domingo, 21 de setembro de 2008

Boas notícias

Há boas notícias para quem acompanha este blog. Dois dos autores iniciaram um curso de escrita criativa com quem mais sabe disto em Portugal. Pode ser que a qualidade dos posts melhor (como se fosse possível!).

Entretanto podem seguir, semanalmente, o desenrolar das operações aqui.

sábado, 20 de setembro de 2008

À sombra dos brindes


Vender jornais e revistas, nos últimos anos, requer, essencialmente, metros quadrados. Não apenas para guardar os próprios, mas, sobretudo, para armazenar toda a parafernália que nos é oferecida. Quem compra Caras, leva um par de chinelos João Rolo; quem lê a Lux é presenteado com um fantástico páreo estampado assinado pelo Tenente.

Tudo serve para vender. Recordo com saudade as colecções de posters de figuras religiosas (ainda hoje tenho uma irmã Lucia para troca, caso haja interessados) que fizeram disparar as vendas do DN, ou de cruzes históricas que esgotaram edições do 24 horas, por exemplo, em S. Estevão de Baixo.

Já quase não se compram jornais pelo conteúdo. Escolhe-se o brinde e vê-se com que jornal ou revista vem.

Mas ainda havia alguns resistentes. Havia porque hoje o Sol traz "oficialmente" brinde. Contrariamente ao que o seu director defendeu no arranque do jornal, também o Sol se rendeu aos encantos do Marketing, das ofertas e promoções. A ver vamos se o "logro" se reflecte em vendas.

Um jornal, hoje em dia, é muito mais que isso. É um produto alargado, do qual a informação é apenas uma das variáveis em análise.

Ah, e, pelos vistos, no jornalismo ou no mundo empresarial, a única palavra que conta é a do accionista.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Gente Normal...


E se ao invés de criar mais um blog sobre as tendências mais hips de nichos informados e fashion-sensitive, alguém se dedicasse a compilar as centenas de tendências do mais comum grupo populacional do mundo ocidental?

“Stuff White People Like” é um blog criado por Christian Lander e Myles Valentin que tenta fazer isso mesmo.

Com um humor mordaz, o blog enumera as tendências corriqueiras e “quadradas” da classe média branca e urbana dos E.U.A., por um membro activo do “género” em questão.

O título foi obviamente polémico mas não impediu os 40 milhões de hits do site, as vendas astronómicas do livro e a inclusão do mesmo nas mais prestigiadas listas de best-sellers e must-read dos mais prestigiados sites e publicações no mundo inteiro.

O blog é um excelente exemplo de sucesso, cumprindo à risca todas as regras para alcançar um fenómeno viral, o livro inclui também algo extra, direccionado ao género visado: um teste para descobrir exactamente quão “branco” alguém é na realidade (How White Are You ?).

O blog continua a ser actualizado, inclusive com a participação dos leitores (como um blog deve ser), e a “lista” poderá durar para sempre…

A lista é, também, uma excelente ferramenta para manter os «pés» bem assentes na terra, para nunca esquecer as tendências do maior grupo de consumidores activos no nosso planeta…

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

First

Em comunicação, ser o primeiro é fundamental. O segundo pode ser (e muitas vezes é) o primeiro dos loosers. Estar atento à concorrência é uma coisa. Imitá-la é ridículo. Depois de a Apple lançar esta campanha nos tabuleiros dos aviões:





a Vaio decidiu-se a fazer esta nos combóios:


Ridículo, não?




Abençoada auto-promoção!

Foi notícia há uns dias que, em Agosto, os quatro principais canais de televisão nacionais passaram 77 horas de auto-promoção, cerca de 17% do total de publicidade transmitida durante o mês. Eu acho francamente pouco, sobretudo quando somos brindados com pérolas como este, chamemos-lhe, "teaser". Já nos tínhamos habituado à auto-promoção de elevadíssima qualidade da SIC Notícias, agora é a vez da RTP1 presentear-nos com igual nível. Será o "apoio criativo" da Brandia Central a dar os seus primeiros frutos? 


Ficamos ou não cheios de vontade de ver o, chamemos-lhe, programa de música? 
Abençoada seja a auto-promoção!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

O caderno

A Internet permite-nos a estas infâmias. Coloco-me em bicos de pés para dizer que temos "novo colega" na blogosfera. Mais um "escritor a sério", que coloca os seus pensamentos online, quem sabe se para chegar à geração gloogle - aquela que já não consegue ler livros, apenas posts.

A Caixa de Pandora começa a ser aberta

Anos e anos de um monopólio que poderá estar a caminho do fim. Falo da questão dos direitos de transmissão de TV do futebol português, detidos pela Olivedesportos há mais de uma década. A sobrevivência dos clubes portugueses dependeu sempre (e continua a depender) desta "renda". Completamente hipotecados à Olivedesportos, a maior parte dos clubes adiantou receitas de TV para poder sobreviver, dependendo por isso da empresa de Joaquim Oliveira.

Não querendo entrar pelo campo da suspeição que isso levanta, dado a Olivedesportos estar ligada a muitos clubes, numa rede própria da Camorra italiana, a verdade é que o S.L. Benfica se prepara para abrir esta Caixa de Pandora, podendo descobrir todo um novo mundo de possibilidades de obtenção de receitas.

Actualmente, os encarnados são o clube com maior receita ao nível dos direitos de transmissão de TV dos seus jogos em Portugal (7 milhões de euros). Muito? Muito pouco! Qualquer clube do fundo da tabela de Espanha, por exemplo, recebe mais do dobro, senão mais, em cada ano. Daí se explique que um clube como o Levante (último classificado da última edição da Liga Espanhola) tivesse um orçamento muito superior a qualquer um dos três grandes da Liga Sagres.

A transmissão do Benfica-Nápoles, no próximo dia 2 de Outubro, no Canal Benfica, marca aquele que poderá ser o início de uma nova era. Só em 2012 é que as águias terminarão o seu contrato com a Olivedesportos e poderão negociar livremente os direitos de transmissão dos seus jogos em casa do escalão maior do futebol nacional. Mas nessa altura não há qualquer dúvida que os pratos da balança deixarão de estar equilibrados. Se Porto e Sporting não seguirem os mesmos passos, os encarnados poderão descolar a nível nacional e aproximarem-se da primeira linha do futebol europeu.

O problema são os interesses e ligações que ainda existem entre os dragões e leões com Joaquim Oliveira, que tudo indica inviabilizarão a quebra do vínculo. Resta saber qual a resposta da Olivedesportos ao adeus do Benfica. O caminho não será tranquilo para Luís Filipe Vieira, isso é certo...adivinham-se guerras e polémicas nos próximos anos em torno do presidente do S.L.Benfica.

domingo, 14 de setembro de 2008

A tentação segundo Madonna

É hoje um dos concertos do ano. Aquela que é para muitos a diva da pop Mundial está em Portugal e isso, naturalmente, suscita o maior interesse dos media. O que vai comer, onde vai ficar, quais as exigências, etc. preenchem páginas e fazem correr tinta nos jornais. Mas, uma notícia chama a atenção: a segurança.

Por norma secreta, a segurança do evento tornou-se notícia através de um comunicado oficial que, quarta-feira, “aterrou” nas redacções.

Com ele também a agência de comunicação da empresa de segurança se tornou notícia. Não pela excelente estratégia ou pela exemplar acção de comunicação, mas sim pela tentativa frustrada de reparar o erro de divulgar informação vista como confidencial pela organização.

Duas coisas que habitualmente devem ser discretas, tornaram-se noticia e pelas razões erradas. Em comunicação, a tentação de apresentar resultados nunca se deve sobrepor à capacidade de aconselhamento e ao bom-senso. 

Actualmente, a segurança - ainda para mais de uma vedeta mundial - é tema sensível e cliente e agência should know better.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

A morte de Steve Jobs - parte II

No seguimento do incidente da publicação do obituário de Steve Jobs, pela Bloomberg, o presidente da Apple respondeu desta maneira. Anteontem, na apresentação do novo iPod Nano.




simples, eficaz, mordaz.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Mau copy #1 (ou a importância de um bom nome)


Na Avenida Almirante Reis, Lisboa, há uma empresa de artes gráficas chamada Tecla 3.

Retirado do site:
«A TECLA 3 foi fundada em 1991 na rua da Palma em Lisboa.
O nosso objectivo foi sempre o da satisfação dos nossos clientes, portanto a nossa qualidade, com o passar do tempo resultou em novos contactos profissionais, que redundaram numa maior exigência técnica».

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Gerar buzz...

Nisto da blogosfera… há que estar atento. É que existe muita gente que não tem mais nada para fazer…

Os nossos amigos do PiaR, criaram o desafio “Word Of Mouth”. E em boa hora o fizeram. Aparentemente por sugestão do caríssimo Rui.

A última intervenção no “Word Of Mouth” do PiaR foi de João Duarte, que enumera (a primeira parte) do “Cardápio informativo de um consultor sedutor”.

Pois é João, vou pegar aqui:

- Entretenimento
- Polémica
- Conflito

Para ir para aqui:

Na newsletter de hoje da Briefing é noticiada a “inauguração” do blogue de José Manuel Costa CEO da GCI (Referida na notícia como CGI, não uma, mas duas vezes). Uma inauguração um pouco desfasada do tempo real, uma vez que o blogue data o último post de 8 Agosto (Será que estivemos a fazer posts durante um mês para os por on-line apenas agora? Ou a Briefing só deu pelo blogue hoje de manhã?)

José Manuel Costa foi, também, convidado para a uma intervenção no Word Of Mouth do PiaR. O post surgiu ontem, 8 de Setembro… Mas ao invés de criar um novo post, assina o mesmo post que criou para o seu próprio blogue no dia 26 de Agosto.

Será que isto era uma espécie de teaser do seu próprio blogue que inaugurava oficialmente no dia seguinte? Será que o blogue de José Manuel Costa, de facto, só se tornou público hoje? Faria sentido, mas para a próxima acho que devia atentar na estratégia (melhor, e mais adaptada ao meio em questão) do já referido João Duarte, que deixou a segunda parte do “Cardápio informativo de um consultor sedutor” para o seu próprio blogue…

E, citando José Manuel Costa, não levem nada disto a peito, estamos apenas a “…gerar buzz…”, afinal de contas, somos o Buzzófias.

O tweed e o presente do conjuntivo



O Golfe Report, na Sic Notícias, não é apenas a maior concentração televisiva de polos Ralph Lauren. Não. Este indispensável magazine dedicado ao golfe em Portugal é muito mais do que isso: é um farol do mau português, a lanterna que ilumina o obscuro caminho da má gramática.

No Golfe Report é relatada a vida de uns senhores que se juntam ao domingo para 'jogar ao gólfe'. Como se não fosse suficientemente duro vê-los na TV com aquele bronzeado que parece durar um ano inteiro, ainda temos de saber que eles praticam um bizarro desporto: golfar.

O Priberam explica.

golfar: v. tr.,
expelir em golfadas;
vomitar, jorrar;

arremessar em grande quantidade;

O cavalheiro do Mercedes mal estacionado está a ler isto e a torcer o nariz?

Então vamos chamar o Ciberdúvidas:

Lê-se 'gôlfe', se for o nome dum jogo; e 'golfe', se for o verbo 'golfar' no presente do conjuntivo: 'que eu golfe, que ele golfe (gólfe).

Se vamos tentar ser muito brit então o melhor é encomendar um modelito todo em tweed para as tardes de domingo. Se queremos manter a fonética da palavra convém ter em atenção as homófonas -- e os ouvidos alheios.


segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Ao som das marcas!

Se muita gente tem escrito sobre o fim da indústria musical como a conhecemos, também é verdade que este negócio sabe, por vezes, reinventar-se dentro de plataformas de marketing e comunicação, que de tão inovadoras, podem ser consideradas um quase “mecenato” das marcas à música. Mas nesta parceria ganham as duas partes. Se é verdade que os artistas descobrem uma nova plataforma de divulgação, não é menos verdade que as marcas encontram na relação emocional que esta tem com o público, um «aproach» quase directo à relação emocional que o «target» tem com o produto em questão.

Para ilustrar exemplos vou mencionar três projectos musicais que figuram na minha lista de favoritos. (Aliás, um deles é mesmo o meu favorito!)

· LCD SoundSystem e a Nike
· Digitalism e a Mercedes
· Justice e a Dior















Aconteceu já há quase dois anos. Os LCD SoundSystem foram convidados pela Nike Running para criar uma música de aproximadamente 45 minutos para acompanhar um workout completo dos joggers que aderissem à tecnologia Nike Running. Desta parceria nasceu a faixa «45:33». Dois anos passados e a Nike já convidou, que eu saiba, pelos menos mais três projectos musicais para fazerem algo semelhante: A-Trak, Cassius e Fujiya & Miyagi.



Para o lançamento do Mercedes-GLK, a conhecida marca alemã convidou os Digitalism (também alemães) para criarem uma faixa exclusiva para acompanhar um vídeo-clip completamente interactivo que pode ser visto em http://www.mercedes-glk.com/. Assim nasceu: «Taken Away».



Para o desfile da colecção Primavera/Verão 2009 da casa Dior HOMME, os Justice criaram não uma, mas quatro faixas a que chamaram de «Planisphere». Sendo que o sucessor do álbum «» é dos mais aguardados pelos fans, escusado será dizer que a colecção de moda conseguiu criar um impacto que vai muito além dos interessados no tema.

Pensar fora da caixa


Reparem onde estão os braços de Nani na terceira parte desta fantástica fotomontagem d' A Bola. É assim mesmo!

domingo, 7 de setembro de 2008

LOMO




O sonho de qualquer marca é ser amada. Mais que desejada – o desejo esmorece. Uma marca amada tem seguidores, tem consumidores fieis, tem um nível de lealdade que se regista em poucos campos profissionais.

E, como é que se sabe que a nossa marca é amada? Quando milhões – sim, milhões – de consumidores se juntam, em todo o mundo, para partilhar o seu amor, para registar as suas experiências, quando ser-se consumidor de determinada marca se torna um status.

Isso acontece com a marca de material fotográfico russo LOMO. Tudo começou quando uns estudantes austríacos encontraram exemplares da máquina point and shoot LC-A, numa fábrica na Rússia, e se apaixonaram pelos resultados: cores explosivas e um foco imprevisível.

Resumindo a história – que podem consultar aqui – estes estudantes conseguiram espalhar, por todo o mundo, a missão LOMO, reactivaram a fábrica, e actualmente têm uma plataforma global onde milhões fazem upload das suas imagens, criam portfolio, participarm em concursos. partilham dúvidas e técnicas. Mas, não fica por aqui - para além do site internacional, existem mais de 80 embaixadas lomográficas em dezenas de cidades e milhões de páginas sobre este fenómeno.

Muitos não entendem o fenómeno: é que as máquinas são estranhas, a sua fiabilidade é quase nenhuma e o seu preço é tão exagerado – não esquecer que a maioria das máquinas são de plástico – que quase parece um pequeno luxo.

Mas, nada disso importa quando se fala de amor.

sábado, 6 de setembro de 2008

Rir sobre o leite derramado

A crise mundial na imprensa escrita levou ao despedimento de centenas de copydesks no final dos anos 90. Os ratos (ou tigres) de biblioteca que caçavam gralhas, erros de sintaxe, ortografia, gramática e outros disparates foram para a rua, abrindo caminho para um admirável mundo novo de enganos hilariantes.

Por cá, há quem se divirta a compilá-los.

A quantidade de estagiários a colocar online takes da Lusa sem revisão é directamente proporcional à quantidade de humor involuntário presente nalgumas edições electrónicas.

(na foto, equipa de copydesk do Wall Street Journal nos anos 60)

Repetição Presidencial

Pegando na deixa do nosso "colega" do PiaR (aproveito para agradecer a simpática referência que nos foi feita) de facto, em Portugal, parece haver escassez de speechwriters. Que o diga Cavaco Silva que em menos de uma semana foi obrigado a repetir (ou quase) o mesmo discurso. Embora estivesse em países diferentes - Polónia e Eslováquia - o PR e o seu staff esqueceram-se que a audiência era a mesma - inclusive os jornalistas. Percalços... 

Valeu o "olho" atento da SIC. (É necessário ver a notícia quase até ao fim)

PS: Hoje em dia, o YouTube, como outros, são canais privilegiados que também contribuem para as audiências. A partilha de informação tem de ser mais célere, para se estar onde os consumidores - leia-se espectadores - estão. Fica a sugestão. 

Bom copy #1

Na Casa do Alentejo (Lisboa) começa daqui a umas semanas um festival de cinema chamado Curtas e Vinho Verde.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Sundaes de Almôndegas

«Um sundae de almôndega é um resultado infeliz da mistura de duas boas idéias. As almôndegas são a fundação, as coisas das quais precisamos (e algumas vezes queremos). Elas são os commodities sobre os quais muitos negócios são construídos. As coberturas do sundae (calda quente e coisas do tipo) são o novo marketing, as redes sociais, o Google, os blogs e coisas atrativas que tornam as pessoas empolgadas. O desafio que a maioria das organizações enfrenta: eles tentam misturar os dois. Eles procuram colocar o novo marketing em cima do antigo e acabam com nada mais do que um site malsucedido.»


(Seth Godin, numa entrevista publicada em Ideia 2.0)

Sou fan do Seth

Mais uma vez não desilude. No novo livro (“Meatball Sundae: is your marketing out of sync?”) compara as estratégias de marketing de algumas empresas e organizações a um sundae de almôndegas. Algo que junta duas coisas aparentemente boas de forma singular, mas que resultam terrivelmente quando as tentamos juntar.

Não vou dissertar sobre as ideias do Seth (até porque o livro é bem melhor que qualquer coisa que tente dizer sobre ele), mas insisto na urgência de procurar assegurar estratégias integradas que insistam na mudança e na abertura ao contacto com os clientes…


...É que já estou farto de comer sundaes de almôndegas à portuguesa…

Olhar nos dentes o cavalo dado


A ponta-de-lança da nossa imprensa livre: um jornal gratuito.
Nas redacções da imprensa séria (ler: paga) desvaloriza-se o trabalho dos gratuitos. Todos, sem excepcção, são para forrar gavetas, embalar castanhas e limpar vidros. Mas o Meia Hora é diferente: e há quem esteja a demorar demasiado tempo a perceber isso.
Primeiro, é o mais bem desenhado de todos os jornais diários -- incluindo pagos. Só não é o mais bem desenhado jornal português porque existe o Expresso que, tal como o FCP nos últimos três anos, devia jogar num campeonato à parte.
Segundo, tem as melhores e mais criativas manchetes da imprensa de banca. Não só pelo ângulo escolhido como também pela escolha de palavras; acrescenta de facto algo mais às notícias do dia. E aquele fundo preto com letras brancas nunca vai deixar de ter stopping power.
A manchete de hoje é um óptimo exemplo do jornalismo empertigado que parece ter morrido com o Independente. Combativo, simples, in your face e muito eficaz. O 'governo' angolano proibiu os nossos jornais de fazer cobertura e mete chocolates debaixo das almofadas dos correspondentes que lá estão. À distância, e sem cobrar preço de capa, o Meia Hora dá uma lição de irreverência.

É (só) nisto que somos bons?

Também sou dos que acham a assinatura da campanha da missão paralímpica portuguesa infeliz. A intenção é certamente boa, mas, na minha opinião, não resulta bem. Acho que somos bons em muitas áreas e estes Jogos serão, certamente, apenas mais um momento para o comprovar.

Ainda assim, reconheço que é forte e que isso facilita a discussão e o boca-a-boca. Como li há dias num post, "Ideias que não me deixem com receio do impacto, não são muito brilhantes!"

Mesmo assim vale a pena ver a campanha de TV...

... e também recordar um excelente anúncio - BBDO Portugal. Quem sabe se a justificação para as diferenças de tratamento está mesmo no treino...



Embora sejam de longe mais medalhados do que quaisquer outros atletas, embora tenham sido responsáveis por fazer ecoar o hino nacional em mais estádios olímpicos do que quaisquer outros, estes atletas são bastante diferentes. Não me refiro às deficiências físicas ou psicológicas que possuem, aos subsídios e patrocínios que não recebem ou até aos adidos que simplesmente não estão lá.

São diferentes porque para eles o desporto ainda é isso mesmo, desporto.

Carlos Lopes - não o maratonista campeão olímpico em 84, mas o primo - arrecadou tudo o que há para ganhar em atletismo. Recebe 350 Euros por mês para representar Portugal. Um atleta "normal" receberia 1250 - ainda assim pouco! Bem diferentes.

Os Jogos Paralímpicos começam amanhã em Pequim e prolongam-se até dia 17 de Setembro.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Lobby, o monstro papão

"Lobby" e, pior, "fazer lobby" são expressões malditas do vocabulário português. Medo. Horror. Corrupção. Como quase todos os grandes monstros, lobby é um mito enquanto arma a favor do Mal. A nossa imprensa adora falar dos "grandes lobbies" como de grandes tentáculos mafiosos que perturbam a sacrossanta rotina de uma redacção. Cada vez que se fazem perfis ou entrevistas aos grandes nomes das agências de comunicação, o tom é sempre pejorativo. Claro. Eles agradecem. Enquanto os grandes estiverem encobertos por esta bruma de Avalon serão temidos e respeitados. E o lobby, para os pequeninos, será sempre um monstro.

Passando para a vida real, ou para um mundo mais civilizado, "lobby" não é um monstro. É uma regra. Uma regra do jogo mediático e só quem não joga é que não é afectado por esta regra. Reparem, "lobby" ou mover influências, é uma ferramenta de trabalho. Pode, e em última análise deve ser, um trabalho em si. Como ser canalizador ou dentista. E o lobby tanto pode (e deve) funcionar com os grandes poderes, como também pelas pequenas e nobres causas.

Portugal é um país pequeno. Toda a gente se conhece. O país da cunha. Acaba por não ser difícil fazer lobby. É preciso conhecer as pessoas certas. É preciso convencer as pessoas certas. No nosso país isso não é nenhuma tarefa hercúlea. Por isso acredito que aos lobbistas lhes saiba muito bem que o "Lobby" seja um monstro.

Publicidade alternativa


São muitas as formas de publicidade alternativa que diariamente são criadas: Vespas com Mupis, Look Walkers (Mupis com pernas...isto é, às costas de pessoas), entre muitos outros. Tudo vale...por isso apresento mais duas formas de publicidade alternativa que demonstram que as regras do jogo são quase nulas. Vale tudo, menos arrancar olhos...até ao dia!

Se falar em Streaker, muitos questionar-se-ão sobre o que significa esta palavra. Passo a explicar. Sabem aqueles loucos que regularmente invadem grandes eventos desportivos todos nús em busca dos seus segundos de fama? Pois é, viraram profissionais e cobram a valer. Mark Roberts e Jimmy Jumper são os expoentes máximos desta actividade. Começaram a fazer isto por pura demência, mas agora "doaram" o seu corpo a causas maiores. A troco de avultadas quantias, invadem grandes eventos apenas com o nome de uma marca/empresa escrita no corpo.

E parece que compensa...recebem multas pecuniárias irrisórias e ainda acabam a dar autógrafos aos policias que um pouco por todo o mundo os vão prendendo, sempre que estes Streakers entram em acção!

Arrisquem! Quem sabe se utilizar um Streaker não pode ser uma estratégia de sucesso no muitas vezes monótono mundo do marketing em Portugal.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Não só de I-Phone vive o viral...



Viral da Samsung para o OMNIA i900...

O Stan também deve ter comprado um I-Phone…




O vídeo data de Janeiro deste mesmo ano, o conceito, esse já corre tinta e teclados por ai fora há muito mais tempo… Mas o tema não deixa de ser fulcral.

O «prosumer» é hoje o consumidor global e globalizante, integral e integrante, que consome, experimenta o produto, e revela o resultado dessa mesma experiência. Até aqui, nada de novo para quem está minimamente «vulnerável» ao auspicioso mundo da criação constante de conceitos, mais ou menos pretensiosos, nesta comunicação 2.0.

Mas o que realmente me importa é como é que vamos repensar o conceito de consumidor, quando ele mesmo tem um canal total e disponível para comunicar não só com o produtor/criador daquilo que consome, mas também com todos aqueles que consomem o mesmo produto e potenciais consumidores futuros?... Como é que a comunicação pode planificar a reacção do «indivíduo»? A sua relação puramente emotiva e experimental para com um produto e a mensagem que este pretende passar?

No caso I-Phone podemos ver como a figura do prosumer ajuda a causa. Um produto que oferece, claramente, menos funções que os seus pares a um preço nunca inferior, é analisado, experimentado e comunicado de forma massiva e diária pelos seus consumidores. Onde os relatos de experiências positivas ultrapassam notoriamente os exemplos contrários.

Na minha opinião, foi a criação do elo emocional com o potencial consumidor na altura prévia ao lançamento, que serviu de rede de salvação para a protecção da reputação do produto numa era em que a palavra «rede» muitas vezes auspicia o contrário…

Liga-te ao mundo

Na semana passada falámos deste exemplo de marketing viral e hoje, uma semana depois, aqui fica a revelação.

Admito que era um dos meus palpites (pois, pois!?!). Pensando bem nem era difícil.
Prémios tecnológicos, elevados recursos financeiros e era a "Sra." que se seguia do Universo Sonae Distribuição.

O viral (987 comentários, o que tendo em conta as habituais diferenças entre participação activa e passiva deve representar muitos mais page views) e a publicidade funcionaram bem.

Faltou, talvez, a comunicação mais integrada. Talvez para amanhã...

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Mínimos Olímpicos

Os Jogos Olímpicos de Pequim que agora terminaram são um caso-estudo de Relações Públicas. O desaire português foi criado em parte por uma histeria mediática pré-onda de crime, e pela clara falta de media training (e bom senso) dos atletas portugueses.

Se os media podem desculpar-se e acenar com a bandeira da silly season, ao comité olímpico vai ser mais difícil arranjar justificações. É que, por acaso, havia um director de comunicação na comitiva portuguesa: João Querido Manha, o decano dos bitaites estatísticos na imprensa especializada viajou até à capital chinesa e por lá ficou a assessoriar os nossos atletas.

Por que é que ainda ninguém se perguntou o que é que o senhor Manha (oh, o humor involuntário, a ironia) andou por lá a fazer? E, já agora, terá Querido (ah ha, outra vez) entregue a carteira profissional número 552 da qual é um orgulhoso portador?

Fica-nos o consolo de saber que João Carlos é um orgulho para Minde. Menos mal.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Se não te juntas a eles, vence-os!

Hoje foi notícia o patrocínio da Super Bock ao Vitória de Setúbal, um dos clubes revelação da época passada. Nada de especial se não fosse o facto de se tratar de um bom exemplo de marketing de guerrilha.

Ora vejamos:
A
Sagres patrocina a Liga Portuguesa de Futebol – milhões de euros investidos directa e indirectamente.
A Super Bock (SB) patrocina clubes da Primeira Liga – certamente bem menos dispendioso.

O potencial mediático do Vitória de Setúbal trará a exposição que a SB pretende junto de um público importante e, assim de tudo, marca uma posição junto da concorrência.

Embora, oficialmente seja a Sagres a patrocinar a Liga, todas as imagens televisivas de treinos e jogos - como os níveis de assistências são tão baixos vê-se certamente a bancada – vão mostrar a concorrência. A ver vamos se outros “patrocínios” surgirão.

Anteriormente, a Super Bock já tinha dado mostras de ser uma marca atenta a esta ferramenta. O patrocínio do
Super Bock Surf Fest, em Sagres, ou o enorme outdoor à entrada da vila Algarvia dizendo “Bem-vindos a Super Bock” são outros exemplos geniais.

Parabéns a quem desenhou a estratégia e a quem a aprovou.