A crise que desde a madrugada de ontem assola o Sporting Clube Portugal é o paradigma de como não deve trabalhar um departamento de comunicação. A surpresa só seria surpresa caso não se soubesse quem é a empresa responsável pela comunicação do clube de Alvalade.
Um problema que aconteceu no balneário era de conhecimento público pouco depois. Entretanto, já esta tarde, o capitão João Moutinho leu uma carta de despedida, da qual já se conhece o teor.
Parece que o balneário do Sporting é um barco a meter água por todos os lados, onde os primeiros a fugir são os ratos.
Esta é uma situação inadmissível em qualquer instituição. Não há qualquer controlo do que sai para fora das paredes da organização. Por isso, para quem gere o clube, a questão principal que se impõe não é a demissão ou não demissão do Ricardo Sá Pinto mas, acima de tudo, exigir contas a quem tem a responsabilidade da gestão da comunicação do Sporting.
Será que vão rolar cabeças, ou a estrutura administrativa do Sporting não consegue perceber que, acima de tudo, esta é uma crise comunicacional?
6 comentários:
Não conheço o trabalho dessa agência em particular mas por vezes acontece que o trabalho da agência até pode ser bom, em termos de estratégia e aconselhamento, mas os clientes avançam com decisões e atitudes unilateralmente e metem o pé na argola! (Como aconteceu neste caso)
Eu gostava era de ver agências a demitirem clientes quando estes fazem o que bem lhes dá na veneta, comprometendo a imagem da equipa responsável pela comunicação, da agência, etc.
Não conheço nenhum caso. Vocês conhecem? Se conhecerem por favor informem que é já para lá que vou enviar o meu CV.
Meu caro,
Talvez seja do seu desconhecimento, mas há agências em Portugal, as duas ou três maiores do mercado, que "despedem" clientes porque têm uma posição que lhes permite fazer isso. Não vou citar nomes, mas é fácil perceber isso.
Caro JM,
Por não ser fácil perceber isso, levantei a questão.
Estaremos a falar de LPM, Cunha Vaz, Lift e... Grupo GCI, Youngnetwork, Parceiros, Imago talvez...?
Seja como for desconheço casos em concreto e não concordo que seja fácil perceber. De qualquer forma, agradeço a dica. Algumas dessas agências conhecem bem o meu CV, para outras vou tratar de enviar!
Mas mantenho a questão, não consideram que muitas vezes as agências de comunicação não têm responsabilidade directa nas trapalhadas em que os clientes se metem?
(Estou obviamente a asssumir que existe uma diferença entre não aceitar trabalhar determinados clientes e despedir, na realidade, clientes)
Em relação ao 1º ponto, eu tinha razão que era fácil, pois chegou lá de imediato. Mas o meu conselho é que não generalize. Deixa-se ficar pelas 3 primeiras que referiu pois as demais não se enquadram claramente nesse perfil. Isto, pegando nas suas palavras de querer trabalhar apenas numa agência com essa postura.
Escusado será dizer que não é fácil entrar em qualquer delas, mas nunca sabemos quando chega a nossa oportunidade, por isso força!
Quanto às agências não terem resposabilidade nas trapalhadas dos clientes? Concordo em absoluto. Há clientes muito complicados, para quem uma agência de comunicação é um executor e não um consultor.
Com esta afirmação chego ao último ponto. Não se trata apenas de não aceitar clientes. Por vezes, dentro das agências que destacou (presumo que em todas elas), clientes são retirados da carteira de clientes (vulgo despedidos) porque põem em causa o bom nome da agência... Mas também são despedidas, por vezes, não vamos agora dizer que há aí 3 super-homens do mercado que estão acima de qq despedimento por parte dum cliente.
JM, falta agora saber (se é que algum dia se chegará a saber) até que ponto esta trapalhada do Sporting (do ponto de vista da comunicação, claro; ninguém tem culpa que o Sá Pinto seja um arruaceiro) é da responsabilidade da sua agência. Talvez o tempo o dirá...
Obrigada pelos teus comentários, conselhos e respostas!
Abraço!
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