domingo, 31 de maio de 2009

Europeias 09 Remix






Alguns dos cartazes das eleições europeias resmiturados por Jorge Martins Rosa, escandalosamente pilhados da sua página de Facebook (era impossível resistir).

Vai um cigarro?

sábado, 30 de maio de 2009

Zoogami




Grab a beer. And if you start getting woozy - seeing and hearing strange things - it might just not be the alcohol.





via invisible red.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

#grande plano e câmara lenta



PJ Harvey e John Parish - Black Hearted Love

além da música ser qualquer coisa de espantosa, o video não lhe ficou atrás.
a câmara lenta transmite a estranheza enquanto que o intimismo é "forçado" pelo grande plano de pormenor (cara, mãos, corpo).
o ambiente é contraditório. um castelo insuflável no meio da floresta escura e tenebrosa, um recanto dificil de encontrar ou de propositado acesso reservado.
o vinil da instalação provoca os reflexos e brilhos que acentuam a conotação sexual de toda a cena. a chuva ainda sublinha mais essa paisagem.
os relâmpagos laterais, marcam o sobrenatural de toda a envolvência.

façam mais disto, por favor

Publidevoradores


Para quem gosta de publicidade em doses industriais, fica a sugestão. Hoje, a partir das 22h, no ISCTE.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Humor com delay


Não deixa de ser interessante que numa época onde, aparentemente, há maior liberdade e rapidez da difusão de mensagens (pelo menos nos países Ocidentais e mais desenvolvidos), em boa parte por causa da Internet, ainda existam exemplos destes, de censuras encapotadas de opções estratégicas e decisões tomadas a bem dos intervenientes; vindas dos meios tradicionais.

Depois de no ano passado ter sido suspenso durante três meses devido a um sketch radiofónico envolvendo a neta do actor Andrew Sachs, Jonathan Ross, humorista e estrela do programa das manhã de Sábado da BBC Radio 2, volta a ser notícia. 



A publicidade e a comunicação sofrem bastante com esta censura pós-moderna que só é possível devido à intolerância e ao falso puritanismo social. Dentro de portas pode fazer-se tudo, fora delas há que apontar o dedo e agir de acordo com os padrões. 

Com isto não estou claramente a dizer que tudo deve ser possível ou permitido. Claro que não. Mas humor é humor, e uma mama é uma mama, e não devem ter mais importância do que apenas essa.

#ideia de cócó ou turd-in-the-box

o design industrial e a sagacidade humana, não nos param de espantar.



mais uma ideia "genial" para usar nos festivais de verão



e esta para o "great outdoors" em geral.

aventurem-se, campistas.

Blood Pantone



esta ideia captou a minha atenção. para a 13ème Rue Channel (canal focado em séries sobre o crime), pela a BETC Euro RSCG (fotógrafo Yann le Pape)

facilmente podia ser usada para a amnistia internacional. parabéns à equipa criativa menos ao copy?!

onde anda o bom copywriting?

quarta-feira, 27 de maio de 2009

A verdade dos números

Por esta é que ninguém estava à espera. Greve com adesão "entre os zero e os 100%", segundo os sindicatos

Normalmente, há sempre discrepâncias nos números de adesão às greves, consoante se ouça os patrões (o Estado) ou os sindicatos, mas palpita-me, embora sem certezas, que desta vez vão estar de acordo.

Esta afirmação lembra-me outras célebres como "Neste jogo, das duas uma: ou ganhamos, ou perdemos, ou empatamos!"

half full or half empty?



agradecimentos ao NiceFuckingGraphics

Imagem & Palavras


Não sei se mais alguém reparou na contradição nas capas de praticamente todos os diários de hoje: imagem de Oliveira e Costa, texto sobre Dias Loureiro. Subtilezas.

Fantasbloco

Começou esta segunda-feira, oficialmente, a campanha para as Eleições para o Parlamento Europeu. O Bloco de Esquerda aposta nestas três "curtas" intituladas "Fantasbloco" de onde sairão os tempos de antena do partido. Independentemente das mensagens políticas e de se concordar ou não com elas, na minha opinião, isto está muito bem feito, muito à frente do que por cá se faz (ou fazia) em tempos de antena.

Realização de Manuel Pureza e montagem de João Salaviza, vencedor da Palma de Ouro em Cannes pela curta metragem "Arena".







terça-feira, 26 de maio de 2009

Tou nostálgico


Não sei se a minha próxima afirmação poderá ser entendida na sequência de um dos posts anteriores, mas hoje, via facebook, vi esta imagem que não via há anos. 

Lembro-me de coleccionar dezenas de autocolantes "tou...", e de comer, no mínimo, o dobro ou o triplo dos bollycaos, na esperança de me sair um diferente. Lembro-me de os colar na porta do armário, uns a seguir aos outros, até deixar de ter porta. Foi de tal modo a doença que, quando o armário foi substituído, tentei a muito custo ficar com a porta.

O que é que isto tem a ver com um blog de marketing e comunicação? Tudo!

Eu e toda uma geração consumiamos bollycaos em barda, não só pelos "Tou", mas por todos os brindes, de qualidade, oferecidos. Chama-se a isto coleccionismo, mas também fidelização. Havia uma forte ligação com a marca, que no meu caso perdura (embora já não coma um bollycao há muito) até hoje. 

É fundamental que as marcas criem laços, relações fortes com os seus consumidores; que os tornem seus embaixadores sem contrapartidas, dispostos a partilhar, gratuitamente, as suas vantagens. Este é também (e sobretudo) o sucesso nas relações web 2.0.

Deixo uma sugestão: Há quem diga que em alturas de crise (acho que também se aplica quando ela é "suposta") a nostalgia e o revalismo ajudam a vender (não sei se usar anúncios de 2005 conta), por isso, amigos, Bimbo ou Panrico, que tal uma edição especial revival?

Designers *01 - Gripe A *quantos mil?

Nerds do mundo, uni-vos!


Hoje celebra-se o dia do Orgulho Nerd. Um dia para quem reclama o direito a expressar a sua nerdisse sem ser atacado. A celebração nasceu em 2006, em Espanha, e escolheu-se a data em que se comemora a estreia do primeiro Star Wars. Em 2008, começou a ser celebrado nos EUA, chegando agora ao Brasil e ao Canadá.
Para quando Portugal?
Mais informação (Nerds, não se acanhem) aqui.
Adenda: o dia foi ontem. 25. perdoem-me. no próximo ano celebraremos a tempo.

Tuga na capa da New Yorker




A New Yorker tem uma capa com assinatura portuguesa. Jorge Colombo desenhou num iPhone a ilustração da front page da citada revista. E desenhou-a numa hora. O vídeo aqui.


segunda-feira, 25 de maio de 2009

Comunidade


Como blog 2.0 que somos, vivemos da comunidade que nos visita. Não literalmente, ou estaríamos falidos, mas dos inputs que nos transmitem, dos comentários feitos ou que ficam por fazer, dos números, cada vez maiores, de pessoas anónimas que nos visitam.

Está criada a Confraria da Punheta... de Bacalhau

"A nova Confraria (...) pretende promover esta iguaria que (...) é algo que "pertence ao povo (...). A criação desta nova irmandade vai ser (foi) formalizada sábado em Cacilhas, tendo como meta principal "pugnar pela elevação".



Palavras para quê?

Pergunta do Dia



Quem preparou o Media Training a Marinho Pinto?

sábado, 23 de maio de 2009

O horóscopo do "i"

Gosto do "i"

E uma das coisas de que gosto é o "Horóscopo", na edição de sábado, escrito por José Maria Smith. Para quem não sabe do que falo pode ficar descansado porque não sou de ligar muito a astros, ascendentes (excepto os meus pais, claro) ou signos. Mas pelos vistos, nem o autor deste espaço no "i".

São 12 apontamentos humorísticos que brincam com outros oráculos e previsões abelhudas do género, e onde podemos ficar a conhecer muito pouco do que os astros reservam para a nossa semana. Deixo dois exemplos de hoje.

"Virgem: Marte já vai longe, é tempo de Urano. Não há móvel do Ikea que lhe faça frente! Montará tudo à primeira sem se chatear e no fim não sobrará nem uma anilha. Boa semana para actividades artísticas.

Balança: Será que o seu destino é ser um bolo de que ninguém sabe o nome? Você anseia por se destacar, por ser um pastel de nata, um éclair, uma bola, que diabo, uma pirâmide! Vá com calma, o seu lugar no tabuleiro ficerá definido em breve".

PS: Mais do que fazer análises extemporâneas do jornal, importa dar-lhe tempo para crescer, para respirar e assumir a sua verdadeira essência. 

Uma coisa é certa: é um jornal diferente do que existe no mercado, e, não só, mas também por isso, merece respeito.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

ABGLT vai ao Conar e perde!

O anúncio que se segue é capaz de ferir susceptibilidades. Pelo menos a julgar pela reacção da organização não governamental ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais). Gente sensível e pouco tolerante, a meu ver...

Acontece que o CONAR (Conselho de Autorregulamentação Publicitária - Brasil) arquivou ontem a queixa e assim o anúncio pode voltar a ser exibido


A minha questão é: E QUEM É QUE CENSURA O CONAR?! E lê-se Cónar ou Cunar? Seja como for, é por estas e por outras que eu acho que não há acordo ortográfico que nos valha!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Prémios

Existem muitos prémios, em diferentes áreas. Regra geral, distinguem, destacam, mas também podem homenagear ou valorizar o trabalho num momento, ou numa vida.


Regra geral são merecidos.


Depois há os outros. Os comprados, aqueles que independentemente do mérito já se sabe onde vão parar.


Nesta área, em Portugal, os mais importantes atribuídos por um meio ao meio são os do Meios & Publicidade (já houve os Prisma e agora há os da Marketeer). Os nomeados são escolhidos pela redacção, os vencedores pelos assinantes.


Acontece que, mentes mais deturpadas podem rapidamente fazer as contas e chegar à conclusão que, para ostentar esta "espécie de cabeça de alce da comunicação" na parede da sala de reuniões ou na entrada do seu estaminé, basta adquirir umas quantas assinaturas.


E não é que há gente disposta a tudo para levar o prémio para casa? Fica a pergunta: quanto, afinal, custa ganhar um prémio?

A "briefing" e a geografia...


Antes que os amigos da Briefing façam a correcção, é assim que se lê na notícia de hoje da newsletter que chega todas as manhã aos nossos e-mails:

"...A cidade angolana de Maputo prepara-se para receber..."

Confirmem!

Futuro dos Interfaces?

Hi from Multitouch Barcelona on Vimeo.



Vi-os no OFFF e fiquei realmente impressionado com as capacidades e ramificações que esta tecnologia pode ter. E espantem-se: está ao alcance de todos (opensource disponível na internet).

Vamos fazer o nosso multitouch?

Peão exaltado procura ajuda


Há uns meses comunicámos a acção de guerrilha de um grupo de peões exaltados (que, para que conste, não é nenhum de nós), algo que nos valeu, inclusive, ser ofendidos e confundidos. 

Acontece que o movimento Peão Exaltado esgotou o primeiro stock de 15.000 autocolantes (ninguém diria, mas parece que há mesmo muitos carros mal estacionados por aí) e agora pedem-nos (a nós, gente com sensibilidade artística, do design e afins; sobretudo afins) para os ajudar a escolher a nova imagem com que eles vão brindar os automobilistas não cumpridores.

A votação das 12 propostas decorre em http://passeiolivre.blogspot.com - de quem entra, no cimo à direita. 

Eu já votei. E embora também goste desta, voto na continuidade!

Até dá gosto ver a web 2.0 a funcionar!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Encontrem as diferenças...

entre isto...

"Um dia depois de ter feito uma piada sobre Lopes da Mota e o Eurojust, Cavaco Silva voltou a recorrer a um subterfúgio cómico para escapar ao comentário directo." (referindo-se aos números do desemprego. Seguindo os links chegam ao vídeo e ao gracejos).

e isto...


Discurso repleto de piadas, inclusive a ele próprio, proferido por Barack Obama no jantar para correspondentes na Casa Branca (há outros vídeos no YouTube).

Que o humor é uma arma, sobretudo em tempo de suposta crise, não podia estar mais de acordo, mas até para dizer piadas é preciso algum jeito (ou pelo menos um bom scriptwriter). 

E já agora, se não for pedir de mais, não deve destoar do personagem.

Operação Portugal 2009 - 1ª parte





Ontem, a Sic arrancou com o projecto Operação Portugal 2009. Vai passar a ser rúbrica constante do Jornal da Noite e quer falar dos temas essenciais da sociedade portugesa, em ano de eleições. Depois do Aqui e Agora e do Mário Crespo Entrevista, esta é a mais recente aposta da Sic na informação de qualidade.

O primeiro foi sobre o Emprego e foi interessante. Há infografia bem feita, jornalistas em vários pontos do País e informação acessível e directa.


E, em cada edição, vão mostrar os bons exemplos de cada tema. Ontem, o Operação Portugal foi transmitido em directo da fábrica da Delta em Campo Maior. O maior empregador do concelho não só não despediu, como abriu 50 novos postos de trabalho em dois anos.


Rui Nabeiro, cara e alma da Delta,esteve à conversa com Clara de Sousa e mostrou que a reputação intrínseca é algo que só corre nas veias de alguns.


Manobra de comunicação ou não, foi um grande momento para a marca.

E se de repente o Metro lhe oferecer flores?


Alguém tem ideia de quanto poderá custar o exclusivo, por uma semana, de praticamente toda a rede de mupis do Metropolitano de Lisboa? A Unilever tem. 

Para comunicar o lançamento em Portugal do novo detergente Surf, a marca encheu o Metro com mupis de duas fragrâncias do produto. O resultado não passava despercebido a ninguém.

Além disso, em dois canteiros da Av. Fontes Pereira de Melo foram plantadas dezenas de flores, rosa e amarelas, cores das fragrâncias, para perfumar e colorir as ruas de Lisboa.

Como sugestão, julgo que ainda tornava a acção mais eficaz se, aproveitando o ambiente fechado do Metro, se o perfumassem (marketing olfactivo ou aromático), estação sim, estação não, com cada uma das duas fragrâncias. (acho que nunca tinha escrito tanta vez a palavra "fragrância")

PS: A imagem não é da campanha nacional.

O Picasso das Ruas no Camões





Julian Beever vai estar em Lisboa, a convite da Pepsi, para criar, apenas com giz, ilusões de óptica 3D. 

Imagens como estas vão poder ser vistas entre hoje e sábado, no Largo Camões.

Raios Partam 2.0

Há umas semanas brincámos com este lugar suspeito, pelo encoberto carácter corporativo. Ao Lugares Mesmo Comuns, peço desculpa! Depois de ler isto, vejo bem as diferenças entre um blog corporativo e o vosso.

Verdade que o, chamam-lhe eles, "blog" da Parceiros é mais transparente - assume logo ao que vem: "um Blog para comunicados de imprensa"! E óbvio que a aposta da Parceiros nas RP 2.0 é mais vasta. Há também uma página no flickR, um canal no YouTube e, claro, um "portal em tempo real no Twitter" (seja lá o que isso for).

A minha duvida é: para colocar comunicados de imprensa já não existe qualquer coisa? E para colocar fotografias e vídeos das campanhas e dos eventos, também não há uma outra ferramenta? Ah pois é... são os sites! 

Caros parceiros, aqui vos deixo a minha sugestão, e gratuita. Leiam blogs e apreendam o que eles são, antes de se aventurarem. O 2.0 é mais do que um chavão que se usa para vender mais serviços. 

terça-feira, 19 de maio de 2009

picture perfect









Quem gosta de moda, conhece-o, quem gosta de blogues já ouviu falar dele, quem gosta de fotografia inveja a vida que ele leva.


Scott Schuman, mais conhecido como o The Sartorialist, partiu de uma ideia tão simples quanto eficaz: ver como as pessoas pegam nas tendências da moda e as adaptam ao seu estilo, e à rua. Inicialmente, fotografava em NYC, mas agora, é quase cada dia uma cidade.


O blogue já tem mais de 3 anos, e está na list dos 100 blogues mais influentes da Times. Lá encontramos as mulheres mais effortlessly chic, os homens mais bem postos, os cenários perfeitos: Paris, NY, Londres, Melbourne, Rio, etc.. As marcas descobriram o efeito que este blogue tem na comunidade fashionista, e a Gant chegou mesmo a contratar Schuman para fotografar uma campanha.

O efeito sartorialist espalhou-se um pouco por todo o mundo: em Paris há a Garance Doré, e a Lisboa, chegou o Alfaiate Lisboeta.

Confesso que primeiro pensei "jesus-dai-lhe-juízo-Lisboa-não-é-Nova-Iorque". Mas, a verdade é que passo lá quase todos os dias e acho piada - é certo que a percentagem de mulheres a usarem Louis Vuitton ou Prada ou mesmo Marc Jacobs é muito menor, mas as fotografias têm pinta e piada, o estilo é despretensioso q.b. e faz-nos olhar Lisboa de outra maneira.

Less is more?


E depois disto, o PSD diz que é o partido com mais presença on-line.


O director para as campanhas eleitorais do PSD, Agostinho Branquinho, declarou ao I que a génese desta presença foi fenómeno de recolha de donativos online de Barack Obama durante a sua campanha para a presidência dos Estados Unidos - a plataforma online mybarackobama.com teve três milhões de donativos pessoais e gerou receitas de 370 milhões de euros.


Claramente, as semelhanças terminam por aí.

Palha Fresquinha

O post anterior lembra-me uma frase que gosto de dizer.

"Entre ser mais uma ovelha no rebanho, ou ser o pastor, eu prefiro sempre ser o pastor (ou no mínimo a ovelha negra)!"

Palha Fresquinha

"Defino pastar como o resultado de se contratarem pessoas que foram educadas para serem obedientes e de se lhes darem trabalhos idiotas e incutir a dose de medo necessária para as manter na linha. (...) Não é de estranhar que quando contratamos essa mão-de-obra, procuremos pessoas que foram treinadas para não sair do rebanho."

A frase não é minha, é de um conhecido e mui citado novelle guru, e faz tanto sentido. Palpites?


A Manela e o Facebook

Muito se tem escrito sobre a chegada da política portuguesa às redes sociais. A campanha de Obama foi um exemplo extraordinário da capitalização das redes socias para a transmissão de mensagens políticas, isto ninguém questiona. A malta, de uma maneira geral (e os que não percebem nada do assunto em particular), gosta de pôr as redes sociais todas no mesmo pote. Gosto pouco de generalizações e vou por isso focar-me num ponto em particular: a página do Facebook da Manuela Ferreira Leite.

Pelo princípio: aquela foto. Aquela foto que já não devia sequer ter sido usada em cartazes, aquela foto em que Manuela Ferreira Leite aparece mais morta que o líder dos Tamil, aquela foto, per se, é razão para alguém do staff da líder do PSD ter a cabeça a prémio (uma corzinha, um blushzito, é coisa que o photoshop faz em dois minutos). Numa plataforma em que as imagens são parte importante, falhar na foto é a primeira asneira.

Depois os status: ou são uma agenda de MFL ou comentários desenxabidos. Pouco ou nada trazem de novo. Pouco ou nada dizem do projecto de Manuela Ferreira Leite para o país. A linguagem é chata. A informação que recebemos nada acrescenta sobre o país, é apenas um apontamento sobre a mesquinhez partidária. Até a linguagem é antiquada, o tratar a malta por você... é no mínimo last season. Não é preciso pôr a "Manuela" a tratar-nos por tu, isso seria ridículo para alguém daquela geração, mas um "vejam", "estejam lá", rejuvenesce logo a coisa.

Se a ideia é copiar o Obama (Deus nos livre de tentar alguma coisa nova) vejam a página do senhor - tem ideias, anuncia novas plataformas, tem vídeos para o facebook, etc, etc, etc.

Estar presente nas novas plataformas é mais do que uma coisa engraçada, é necessária. Mas é preciso saber fazê-lo. Ou, pelo menos, ter o telefone de quem sabe.

Política e redes sociais


"A aposta actual dos partidos e dos políticos portugueses na Internet e nas redes sociais corre o risco de ser como pregar aos convertidos, ou seja, não traz nada de novo nem converte ninguém".

Com as devidas distâncias e com a minha edição, ouvi algo parecido da boca de um politólogo,  numa destas noites na SIC Notícias. Concordo em grande parte com o que é dito, mesmo que tenha sido dito por um politólogo. Mas julgo que o problema não está na aposta, mas sim na forma como ela é feita.

Se fosse para aproximar o povo (e apenas um nicho porque não nos podemos esquecer que Portugal ainda é um país com muitos analfabetos e iletrados) da classe política faria sentido. Se fosse para criar novas formas de diálogo (e por diálogo entenda-se comunicação bidireccional)  e mais transparência, também faria sentido. Mas não é o que acontece. São, na maioria dos casos, meras montras de vaidades e politiquices bacocas, onde nada disto tem lugar.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Surpreendente?

"Estudo: Marketeers assumem não perceber redes sociais" refere hoje notícia do jornal briefing. Surpreende quem?

O estudo não foi feito em Portugal, mas palpita-me que os resultados seriam muito semelhantes. Ou piores.

Como ouvia há dias, "A Internet ainda está na fase do lazer. Existe muita gente a utiliza, mas nem sempre da melhor forma ou com o melhor proveito."

Estar nas redes sociais, do ponto de vista comercial, não é fazer publicidade do facebook e no Hi5 ou ter um perfil e andar a coleccionar amiguinhos. É usar e compreender o fenómeno; é transpor a credibilidade e notoriedade da real life para a plataforma virtual com conteúdos que interessem, que sejam apeticíveis e partilháveis.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

um i por um gratuito!

Hoje, quem passasse ou passeasse pela Baixa de Lisboa (admito que a acção fosse válida em outros pontos da cidade e, quiçá, do país) deparava-se com ardinas do "i" que propunham um negócio "interessante": Trocar um jornal gratuito por um "i". 

Isso mesmo, trocar um jornal considerado por muitos como o parente pobre dos jornais, o menos jornal dos jornais, o câncaro (termo técnico utilizado em algumas variações de português) do jornalismo moderno, por um "i".

Eu até percebo a ideia (ajuda o ambiente e tudo), mas pergunto: Isto valoriza quem? o "i"? ou o "gratuito"? No mínimo por três gratuitos e uma Dica da semana (é por correio por isso incluo em outra categoria) para dar luta...

E o pior é se pedinchássemos muito, acabavam por nos oferecer o jornal, de borla!

Marketing digital 2.0

Porque saber não ocupa lugar e porque Marketing (Digital) 2.0 também é um dos temas abordados por este humilde blog, aqui fica a sugestão do lançamento deste livro. 

Não o li, mas conheço o autor o suficiente para ter boas expectativas em relação ao conteúdo.

Hoje às 18h30 na FNAC do C.C. Colombo.

E a seguir? Boca doce?




Depois da Maizena, a Herbalife!

Lições de Dança

Aprenda-se a tornar um conteúdo “blogável”.

Os Make The Girl Dance não se fizeram rogados, e queriam obviamente que o seu single de apresentação: “Baby, baby, baby” fosse directo aos corações dos fans de electro com sotaque francês... O vídeo segue à risca os parâmetros para que nada falhe no sucesso imediato desta produção.

1) É polémico. Gera buzz. As pessoas têm vontade de falar/teclar sobre ele. É urgente, imediato e chocante o suficiente para fazer com que todos aqueles que se cruzam com ele o queiram discutir, enviar por mail, deixar um link na página de Facebook ou simplesmente “bloggar” sobre ele.

2) Tem teor sexual. Sex sells. Não há nada a fazer. Uma das regras básicas do marketing ainda funciona tal como há vinte anos atrás. Pura e simplesmente é necessário passar novas “fronteiras”, para não ficarmos pelo mesmo.

3) Fala ao coração do target. Sendo este mais um grupo de electro gaulês, não tem a tarefa fácil: Daft Punk, Justice, Alex Gopher e tantos outros estavam cá antes e fazem vídeos inovadores todos os anos. Não basta fazer um bom vídeo. Há que ter referências. Não é ao acaso que a letra da música refere o nome de Sebastien Tellier, as t-shirts da Yelle ou até as condutas duvidosas dos próprios Justice. Os fans reconhecem-se e entregam-se de forma mais imediata à defesa deste novo grupo como fazendo parte de uma "côrte" já instaurada.

4) É real! Toda a produção, apesar de ensaiada e preparada ao milímetro, decorre numa rua de Paris, num dia normal, com transeuntes indefesos que reagem ao que se passa. Nada apaixona mais o bloggers que ver acções que de alguma forma poderiam ter acontecido ali, ao seu lado. Este tipo de ligação é inegável e comprovada pelo sucesso de inúmeras campanhas que se têm reproduzido na Internet nos últimos tempos.

terça-feira, 12 de maio de 2009

mau copy #?+1

Depois deste, o DN volta a brindar-nos com mais este título bem chamativo. 

Na minha opinião, ofender uma sra. desta idade, ainda para mais Rainha de Inglaterra, não se faz. Pior. Fica a dúvida que medicamento usou e para que fins. Certamente que a idade não perdoa e que o reumático terá justificado a opção.

Enfim...

Bem observado por JMH.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

i finalmente

Depois de grandes expectativas e de uma demorada gestação, eis que, por esta hora (00:00), já deve estar a ser distribuído o primeiro número do i. Admito que fui um dos mais cépticos - pensei inclusive se chegaria a ver a luz do dia (?!), já para não falar do nome que muitos trocadilhos suscitou - mas, à medida que vou sabendo mais sobre ele, mais vontade tenho de o ler. E o nome, é como diz Pessoa: Primeiro estranha-se, mas depois entranha-se.

Saúdo o novo jornal, o i, a equipa formada (boa, jovem, mas também com experiência), as ideias inovadoras, o empreendedorismo e a lufada de "ar fresco" que, certamente, vão trazer ao mercado. Nova concorrência - julgo que sobretudo para Público e Expresso - obriga os concorrentes a fazer melhor e os leitores ganham com isso. 

A campanha e a identidade foram criadas pela Ativism. Acho que, sobretudo, o conceito está bem conseguido. Ajuda a "engolir" melhor o nome. 


PS: Para um meio que aposta forte no online, começa mal. O site não está a funcionar... Pequenos acertos.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Navegar na Maizena


A malta mais jovem já não deve saber o que é comer Maizena, mas agora vai querer descobrir de certeza. Pelo menos se não quiser ficar como Paulo Rangel - a julgar pelas palavras do Ministro Manuel Pinho

Depois de o Magalhães, há já quem fale na possibilidade do Governo português começar a levar pacotes de Maizena em cada visita oficial, pelo menos a países que precisem de mais conduto.

Independentemente disso, nunca a velhinha marca de farinha pensou ter tanto "tempo de antena". "Borlas" Governamentais destas não têm mesmo preço.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Quem Canta seus Males Espanta...

Numa chamada "época de crise"...
A T-Mobile encontrou a galinha dos ovos de ouro no que respeita a conceito de marketing viral. Verdadeiramente inspirador e up-lifting. Mais um.
Mega Karaoke em Trafalgar Square. "Life's For Sharing" para acção do ano?