

Fifty People, One Question: Brooklyn from Fifty People, One Question on Vimeo.
A Microsoft lançou esta semana o Windows 7.
LAIKA from Michael Flückiger on Vimeo.
"Quem é que o leva até à porta do emprego? O carro, o melhor amigo do Homem!"
Estas e outras pérolas são transmitidas em vários anúncios de rádio, apelando aos proprietários de carros que "retribuam com os cuidados que ele merece" indo a uma oficina especializada.
Num momento onde se discutem temas como o aquecimento global, o impacto ambiental do excesso de automóveis nas cidades, a poluição nas cidades, etc, e em que todas as marcas, inclusive as que lucram com combustíveis e com as vendas de automóveis, parecem ter cada vez maior consciência ambiental, eis que surge uma empresa a dizer-nos, preto no branco, que o carro é o nosso melhor amigo e que por ele devem fazer tudo!
Claramente, esta é uma ideia de criativo que não foi devidamente filtrada e que reflecte que a consciência ambiental, muitas vezes, é apenas um ideal politicamente correcto ainda longe de estar intrínseco nas empresas.
Esta semana deu que falar um vídeo onde Maitê Proença, conhecida actriz brasileira, ofende os portugueses. Todos sem excepção (Miguel Sousa Tavares já está com um pé no Brasil por isso não conta), porque se há coisa que o português gosta é de se insurgir com coisas que, aparentemente, ofendem o seu orgulho nacional (inclusive o bacoco).
Não foi tanto o efeito viral do vídeo, que motivou imediatamente grupos de ódio e repudio no facebook, notícias e afins, sobretudo afins, o que me surpreendeu foi a data do mesmo: 2007! Isso mesmo, 2007! Um vídeo com dois anos chegou agora a Portugal, ao que parece de forma espontânea (há sempre a hipótese de ter sido posto a circular pela própria Maitê depois de ter conhecido MST), e ainda foi notícia.
Mas vejamos, ou vêjamos, como diria o candidato do PTP à Câmara de Lisboa, o que se passava no vídeo.
O que inflamou mesmo os ânimos foi a ver o desrespeito da actriz a cuspir numa fonte nos Jerónimos, o que é grave porque, como é sabido, os portugueses são dos povos mais asseados do Mundo e nunca, em situação alguma, cospem para o chão. Talvez um escarro ou outro, mas apenas em situações limites e com justificação médica.
Outros dos factos relatados no vídeo é a eleição de Salazar como o português mais importante de sempre num concurso promovido pela estação pública de TV, o que até nem deu que falar por cá na altura e não levantou quaisquer ondas; o gozo com um número colocado ao contrário; e a falta de conhecimentos técnicos em informática de dois funcionários de um hotel de cinco estrelas, o que por si só deita por terra o esforço socialista de anos na aposta num Portugal mais tecnológico.
Na minha opinião este foi um caso sem grande sentido, desnecessariamente exacerbado. Foi, porque já era passado até mesmo antes de o ser, um exemplo da dimensão que certos acontecimentos ganham actualmente através e por causa da Internet, e de que a Internet é um repositório de informação sempre pronta a ser novamente descoberta e com efeitos sempre imprevisíveis.
Quem sabe se amanhã não somos nós o alvo?