sábado, 18 de outubro de 2008

E a melhor banda sonora vai para...

Hoje é dia de reflexão. E por isso, aqui fica a minha sobre as eleições nos Açores. Amanhã realiza-se o acto eleitoral propriamente dito, de umas eleições “a sério”, daquelas ganhas, efectivamente, na rua e em cima dos palcos.

Se Obama comove muita gente pelos vídeos de milhões de dólares, onde figuras públicas apelam ao voto, a campanha nos Açores comove-me a mim, pouco habituado a ver as pessoas a correrem para ver quem fica na linha da frente, para ser o primeiro a ouvir as palavras do líder do Governo, no discurso de encerramento da campanha. É certo, que a segunda parte do “concerto” era assegurada por Tony Carreira, mas tenho para mim que a motivação provinha do apelo à cidadania. 

Muito já se disse sobre as eleições nos EUA, sobre as iniciativas da web 2.0 das candidaturas Obama vs McCain, mas há que por os olhos nas iniciativas levadas a cabo pelas várias candidaturas nos Açores para perceber que, afinal, em política, ganha quem tem... melhor banda sonora! E nesse capítulo, o PS – que governa o arquipélago há muitos anos – jogou forte, jogou muito duro. Tive a felicidade, ou talvez não, de acompanhar a campanha, in loco - e quase louca - em duas ilhas, e via TV nas restantes. Destaco os principais momentos.

Prémio Líder nas estradas: CDU; embora Dina e “a sua voz” (CDP-PP) fosse dos temas mais escutados, a CDU estava em qualquer lugar. Não subi os 2351 metros do Pico, mas certamente que lá bem no topo me esperaria um altifalante da CDU.

Prémio do insólito: Líder do Partido da Terra a entoar rap matarroano no alto de uma encosta de S. Miguel

Prémio caminhos de cabras: medley “Paz, Pão, Povo e Liberdade” / “Melhor é possível, chama a Dona Felicidade” (?!?) – hinos do PSD e PSD Açores

Prémio “porque é ninguém se lembrou disto”: dueto Carlos César e Tony Carreira, no encerramento da campanha em Vila Franca.

Prémio “repita lá outra vez”: Líder do PPM ao criticar a longevidade do Governo PS no arquipélago – para quem defende a monarquia não deixa de ser uma reflexão interessante.

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