segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Continuam os cortes...

Num ano que se prevê de muitas dificuldades para o sector da publicidade, dado que essa é a primeira área a sofrer com cortes de investimentos das marcas, surge agora uma notícia que lança o alerta para muitos dos jornais diários nacionais.

O Estado vai deixar de anunciar na imprensa uma vez que vai criar um Portal dos Anúncios Público. Esta medida é uma séria ameaça para a sustentabilidade de muitas das publicações da imprensa diária nacional.

Se a este corte do Estado se somarem as já previsíveis reduções dos anunciantes, podemos estar à beira de uma crise profunda na imprensa nacional. 2009 é já daqui por três dias...vão ser 365 longos dias...

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

2008 - a figura do ano

Já o consideraram a mais importante figura do ano de 2008.

Depois destas fotos, arrisca-se a destronar Hugh Jackman, na lista dos mais sexys..

Notícia de última hora

Amanhã é Natal!

O Pai Natal SA (LAPONIANEXT: NECAS) acaba de anunciar que este ano haverá Natal. Depois de intensas negociações com o "Menino Jesus", as duas partes chegaram a acordo e o Mundo (católico e pagão – agora um pouco menos “pagão” e mais endividado por causa da crise) pode descansar finalmente. O conselho de Administração da nova Joint-venture, que se reúne hoje pela meia-noite, será constituído por Dr. Gaspar, Eng. Belchior e Arq. Baltazar, e terá a assessoria de duas ovelhas, três pastorinhos e um coelhinho de chocolate.

Assim sendo, resta-nos desejar a todos um Feliz Natal, um fantástico ano novo, cheio de realizações pessoais, repleto de boa comunicação e bom humor!

Que a crise (não) esteja convosco!

O Buzzófias deseja-lhe um Feliz Natal

A equipa do Buzzófias, não querendo perder a tradição dos desejos natalícios, aqui deixa os mais sinceros votos de Feliz Natal.

Para ilustrar, uma selecção dos melhores videos de Natal.





E dos melhores anúncios de Natal...





terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Marketing Político

Embora discorde das suas orientações políticas, há que reconhecer o talento do PND-Madeira para as Relações Públicas. 

Desde a campanha para as eleições, aos ataques esquizofrénicos do seu deputado, passando pelo mui falado caso da bandeira nazi, muitos têm sido os momentos de comunicação do partido ao longo deste mandato. A distribuição de dinheiro (7500 euros no total, dos 108 mil euros que terão direito) contra a verba atribuída aos grupos parlamentares da Região Autónoma é apenas a mais recente, mas revela uma estratégia de comunicação, arrojada e, no mínimo, discutível, mas que se tem revelado muito eficaz. O timing, fundamental em comunicação, é também ele perfeito: Natal e Crise!

A oferta natalícia do PND-M é igualmente um excelente exemplo de marketing viral. Boca-a-boca, a mensagem foi passando, culminando numa infindável fila de reformados à porta da sede do partido. Sem usar ferramentas web 2.0 (perante o target não se justificaria), o PND-M criou um excelente momento de comunicação, que encheu os telejornais com notícias positivas sobre o partido. Interessante ver a quantidade de pensionistas que demonstraram vontade de mudar a sua intenção de voto em favor de quem lhes paga.

Em última instância, a comunicação deve gerar notícias (sempre que possível positivas) e resultados, e lá isso eles têm conseguido.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

The Doghouse

Aviso à navegação, elas estão a preparar uma enorme conspiração. A única salvação é, neste Natal, na hora de escolher o presente, pensar duas vezes.

Previsões para 2009 #1

Prevejo que, em 2009, haverá cada vez mais pessoas "a aderir" a uma das grandes tendências actuais: a crise.

Product Placement



E o prémio para o melhor product placement de 2008 vai para...

TVI, com Miguel Sousa Tavares a desempenhar um papel na série "Equador", adaptada do livro best-seller escrito por.. Miguel Sousa Tavares.
Ao mesmo nível, apenas o episódio de uma novela, também da TVI, em que a personagem de Margarida Vila-Nova lê o livro "Margarida na Austrália", escrito por.. Margarida Vila-Nova.

Agora diga lá isso sem se rir #1

"Estamos a viver nos intestinos do crime"

Francisco Moita Flores, in Jornal da Noite, SIC (12/12), comentando a descoberta de um cárcere "privado" no Seixal.

Espero que a "cena" não evolua, ou vamos sujar-nos a sério.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

A manhã seguinte...

Ontem fiquei em casa. Não dormi grande coisa, mas fiquei em casa.

No entanto...

Sabia que havia pelo menos dois jantares de Natal de duas agências de comunicação, pelo menos um de um partido político (que ultimamente aparenta estar mais "partido" que "político"), três de diferentes agências de publicidade...

A julgar pela amostra, a Igreja de Santa Apolónia devia estar com a afluência apenas digna desta missa do galo...

Hoje é o dia das manhãs seguintes. Para muitos, um momento de vergonha... Inspirem-se. Bebam uma AMP, e não tenham vergonha!!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Brandos costumes


Portugal é comummente considerado um país de brandos costumes. Acho um termo simpático. Até porque para mim é mais terceiro mundista. Vem isto a propósito das iluminações de Natal e das muitas queixas e reclamações adjacentes.

O português gosta de reclamar. Queixar-se. Lamentar-se. E todas as palavras sinónimas das anteriores. É o fado português. Agora reclamam contra as iluminações de Natal. "É uma vergonha o que fizeram aos símbolos de Lisboa" pode ouvir-se à boca cheia.

Tudo isto a propósito da publicadade da TMN e Samsung em locais emblemáticos, como o Marquês de Pombal e o Terreiro do Paço ou ainda o Cristo-Rei. Não vou discutir se as opções das marcas foram as melhores ou se haveria outras opções. Acho que a dinamização do espaço público é muito interessante e uma prática recorrente noutros países, mais evoluídos que o nosso.

Já a bela da árvore de natal de metal no topo do Parque Eduardo VII é motivo de orgulho. Todos a querem para o passeio dos tristes. Ver um monte de ferro iluminado (pena não dar um curto-circuito e apagar-se de vez), isso sim é que é maravilhoso, até porque não tem marcas. É pena, punham o mamarracho com um patrocinador na iluminação e podia ser que acabasse a romaria.

Mas devo dizer que o local escolhido este ano é soberbo. Têm é de mudar, qualquer dia, o nome do Parque Eduardo VII, pois o Rei de Inglaterra do início do século XX deve estar às cambalhotas no túmulo. O belo parque que baptizou em 1903 virou a Feira das Aberrações: prostituição, pedofília... e agora para rematar, três grandes mamarrachos. Já não chegava a obra de arte assinada pelo Cutileiro (cuja forma se adequa também na perfeição às activades daquele local da capital), juntou-se agora o mamarracho que é aquela árvore de Natal. Para fechar o ramalhete, a bandeira de Portugal gigante, que ondula ao sabor do vento, como que a garantir que estamos em Portugal, apesar de proximidade do El Corte Inglés (não vá alguém pensar que os espanhóis ainda vão querer reclamar o nosso território).

Já o Cristo-Rei em versão iluminação de Natal Samsung é um ultraje, pois trata-se de um símbolo religioso que não deveria ser "vendido" a qualquer marca!

E não é só em Lisboa que acontecem este fenómenos. É algo enraizado na cultura nacional. Também no Porto foram várias as pessoas a atirarem-se ao ar quando a Optimus "vestiu" o edifício da Câmara do Porto, permitindo assim custear as obras de recuperação da fachada. Curioso que não o tenham feito quando, em 2007, a Árvore de Natal versão Robocop iluminado se mudou para a Avenida dos Aliados, tapando a vista de uma das mais belas avenidas do país.

É o país dos brandos costumes... O país dos chicos espertos, da corrupção, dos eternos presidentes dos municípios, dos cafés com leite, dos sacos azuis... Porque não reclamam com aquilo que de realmente grave se passa neste país? O país onde, depois de muitos anos de encerramento, é re-inaugurado um local simbólico como o Cais das Colunas, mas apenas por dois meses, porque depois vai para obras outra vez. Ou então do facto de para se ligarem duas estações de metro (Alameda-São Sebastião da Pedreira) serem precisos mais de cinco anos e sempre que é dada uma data para a inaguração do troço, a mesma é adiada mais um ano? Ou do país que tem um vereador na capital que embarga uma obra e depois vem a terreiro dizer que é uma vergonha que a mesma tenha levado muito mais tempo do que o previsto?

Ah, para reclamar contra isso é preciso pensar, certo? Chato. Dá um trabalhão! E copiar coisas do estrangeiro, só as que fazem sentido, como o Carnaval tipo Brasileiro, com meninas semi-nuas a dançarem...pena que lá seja Verão e aqui esteja um frio de rachar...pormenores!

Flame. By Burger King


(o título exige um french accent)


É a jogada estratégica do ano.


Seguindo exemplos como Armani, Miss Sixty ou Prada.
Em plena expansão do design de moda para o decor, a hotelaria ou os telemóveis.

Cadeia de fast food atreve-se na milenar arte alquimista.
A perfumaria.

Com a sua nova essência.

«Flame»

Uma Chama que inaugura uma Era onde o típico amadeirado ou citríco já não têm lugar.

Uma essência que nos chega para despertar os instintos mais primitivos (não sei se apenas os femininos...)
Mas certamente os esfomeados.

Ainda vamos a tempo da oferenda desta peculiar lembrança em época natalícia.
Não. Ainda não está à venda em Portugal.

Mas está disponível online.

http://www.firemeetsdesire.com/

Qual é coisa qual é ela

Preto e branco e completamente ultrapassado?
Deixemos John Stewart responder.



E, já agora, os Simpsons dão uma ajuda.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Jingle Protocolar


Adoro saborear um bom momento de agradecimento público!

Sobretudo aqueles que nos alienam de qualquer emoção, permitindo uma avaliação perfeitamente racional.

Apreciar a forma tão pouco genuína e mecânica com que o fazem.


Experimentem. É delicioso…o agradecimento protocolarmente correcto.


E o que eu aprecio protocolos.

Pré-discurso, surge a listagem de agradecimentos.
Aos excelentíssimos e digníssimos.
Apercebemo-nos exactamente de quem comanda cada cadeia alimentar e qual a importância de cada ecossistema.
(O que é importante).

Diverte-me ouvir a mesma lenga-lenga um sem número de vezes num mesmo Evento…e, dependendo do número de oradores, acabo por conseguir decorar o refrão!

E penso. Não seria bem mais caloroso ensiná-lo logo no início – um pequeno folheto contendo as lyrics à entrada faria toda a diferença.

Imagino uma audiência em uníssono, em tom de reza conventual, apoiando o protocolo de agradecimentos.
Envolvendo-se num intenso momento de partilha que acalenta a frieza do espaço e das relações nestes momentos, intensificando o carinho por cada orador aos seus congéneres e convidados especiais.

Seria um mundo mais bonito.


No entanto salta a ressalva em defesa daquela que “é uma forma pré-concebida e padronizada de leis e procedimentos”.
Existe um momento em que o protocolo de agradecimento é criativo!
Para pessoas como eu. Que estão a ouvir e não vão orar nada…

Este curto e temido auge da criatividade é cumprido após o percorrer da listagem tantas vezes revista pelos assistentes e secretários (o tal do refrão) dos excelentíssimos senhores doutores e dos digníssimos directores do que quer que seja…

Dedicada à audiência (em geral) temos uma curta oscilação entre “ilustres convidados” (para os mais pomposos), e o clássico “meus senhores e minhas senhoras” (para os mais simples conservadores).


Sugestão.

Caso vos falte paciência. Optem pela aposta. Mesmo que convosco mesmos.
Tentem decorar o refrão.
Detectem quem não o soube cantar e apostem na melhor finalização.
É divertido!
Ajuda a passar o tempo e estimula a inteligência intuitiva (sim, porque a emocional não está em pleno uso).

No final atribuam um prémio àquele que protocolarmente se destacou.
As melhores inflexões de voz. Pausas estratégicas. Expressão corporal.
Enquanto agradecia…


Atenção.

Elementos de confiança entre a audiência contribuem fortemente para o sucesso deste exercício (que para além de intelectualmente estimulante, também o pode ser fisicamente. Sim porque enquanto se trava o riso, contraem-se os abdominais).

Passam-se bons momentos e depois até se escrevem posts sobre o assunto.


No entanto, aqui deixo uma questão de fundo…
Em tempos de mudança rápida. Optimização na gestão de tempo e outros clichés tão vigentes no universo onde vivemos sempre a correr, não estará este protocolo em crise?


…eu cá.
Gosto de refrões.
Mas não me obriguem a ouvir sempre a mesma canção!

Come to the dark side...



Textos como os de Eduardo Cintra Torres, comovem-me. Chego à agência com uma dor na alma. Somos os maus, malta.

Vejamos: enviamos dicas a jornalistas, que favorecem a quem nos paga. Enviamos Press Releases, promovemos entrevistas. Divulgamos informação útil aos nossos clientes. Crimes. Temos sangue nas mãos. Somos como que uma irmandade das trevas que trabalha enquanto a sociedade dorme descansada. Talvez o problema seja esse. Uma sociedade que dorme.

As ferramentas das agências estão ao dispôr dos cidadãos. Mas não convém que se saiba, não é? Quando se souber que qualquer um pode ter acesso aos e-mails dos jornais, que qualquer um pode enviar press releases e fazer follow ups, o que é que acontece às agências? Os contactos dos jornalistas devem ser (e muitas vezes são) públicos. Qualquer um, desde o assessor do Presidente da República ao amolador de Campo de Ourique, pode sugerir temas a serem tratados nos meios. Qualquer representante de qualquer instituição, grupo, irmandade, pode divulgar as suas actividades, os seus pensamentos, as suas ideologias. Qualquer cidadão pode (e deve!) denunciar os erros, as falhas, de instituições, de produtos, de serviços. Qualquer um. Até as Agências.

Artigos como os de Eduardo Cintra Torres gostam de omitir este facto. O manto negro que encobre a actividade em Portugal é útil a muitos. Às grandes agências, cujos directores gostam de ocupar o lugar de um Mefistófeles dos tempos modernos, que vendem aos seus clientes o poder sobre as inocentes almas dos jornalistas. Às pequenas agências que cobram fees mensais a clientes a quem bastaria um estagiário para traduzir, enviar e fazer o follow up de Press Releases. E a todos os que sabem que o acesso aos Meios de Comunicação Social é um gesto de cidadania, mas que preferem guardar para si o "poder de influência".

Gosto também do carácter amorfo com que Eduardo Cintra Torres descreve os jornalistas. Afinal não há gatekeepers. A informação chega e é disparada. Não há critérios de selecção. O jornalista não escolhe, não pensa, não decide.

Talvez por isso mesmo muitos deles vêm para agências. Come to dark side... We have cookies!

Sugestão de Natal

Depois dos cheque-oferta, cheque-brinde, cheque-dentista e cheque-disco, a grande sensação deste Natal são...

...os cheques-carecas! (use, mas com cuidado)

Bom Natal!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Café cheio, pingado, em chávena escaldada, com cheirinho, adoçante, num copo de papel para levar



Ele está no meio de nós.
A primeira abertura foi discreta. Metido a um canto de um centro comercial da periferia, não entusiasmou nem afastou.

Mas eis quando (oh ignomínia, oh barbárie) a Starbucks decide abrir a sua segunda loja em Belém. Sim, junto aos Pastéis de Belém, essa bandeira nacional hipercalórica, esse hino à pastelaria semi-industrial, essa armadilha para turistas, esse símbolo de um país erguido a doce de ovos e massa folhada.

Querem guerra. Querem invadirmos. Oh, senhores que nos estão a descaracterizar. 'Filho, fica em casa, não te deixes submeter a essa aculturação imperialista. Fica em casa a morder bolachas Maria e só sais para beber a bica. Sim, a nossa bica. Nossa.'


As reacções, agora, são extremadas. Óptimo. Os acérrimos defensores do portuguese way of life (ao escrever isto fiquei com uma franja igual à do Carlos Coelho, vejam lá) cerram fileiras. De veias inchadas, gemem baixinho: «Então e os nossos cafés? Então e a nossa cultura do café».

Depois vem o argumento: «O nosso café é dos melhores do mundo». Facto. É bom. A bica é uma coisa fantástica. A escaldar na loiça manchada -- que importa! --, pronta a ser sorvida em menos de quatro goles. Pequena, a borbulhar numa chávena que se pega só com o polegar e o indicador -- e o mindinho espetado, qual Torre Eiffel.

Uma delícia. Desperta, põe os intestinos a funcionar e é pretexto para conversas sérias a meio da tarde ou pausas numa manhã improdutiva de trabalho: «Já viste a miúda nova do economato?».

A bica é uma coisa maravilhosa e infinitamente melhor que a mixórdia castanha que serve o Starbucks. Estamos de acordo. Mas os cafés -- espaço físico -- da cadeia norte-americana são superiores? Decididamente.



Aos senhores das veias inchadas, vou rapidamente descrever a nossa 'cultura do café': televisão ligada e em descarga decibélica permanente (sport tv como referência); azulejos no chão, na parede, às vezes na mesa -- o resultado final assemelha-se ao prolongamento da nossa casa-de-banho; moínho do café a rugir de cada vez que alguém tenta começar uma conversa, loiça a ser empilhada à bruta de cada vez que se tenta retomar essa mesma conversa; empregados de idade, licenciados na 'universidade da vida' com um mestrado em antipatia; decoração deixada nas mãos dos fornecedores que, em troca de toalhas de praia Sumol e porta-chaves daqueles de trazer ao pescoço, colam autocolantes em todas as superfícies; luzes brancas* como as que há no talho ou no espelho do wc, boas para fatiar gado ou espremer pontos negros. Ia-me esquecendo do inevitável Cri-Cri, a tostar os insectos sob aquela luz azul -- aquele ambiente 'matiné dançante' que só um exterminador de insectos eléctrico pode dar.

*no seu livro Why War?, Norman Mailer faz uma análise impiedosa, mas ajuizada, da influência negativa desta iluminação na nossa sociedade. Segundo Mailer, as luzes brancas nas escolas estão por detrás das elevadas taxas de abstinência e insucesso escolar. Como se trata de uma luz forte, de altos contrastes, evidencia todos as imperfeições da pele -- acne, borbulhas, olheiras, etc. -- fazendo com que os alunos se sintam inferiorizados. Com a auto-estima de rastos, a motivação para continuar os estudos desaparece.

Palmas para Mailer.

Nos cafés portugueses o centro da acção é o balcão. É lá que se pede, come, bebe, paga e sai. Em pé, sempre, que o Café Central não é lugar para a mandrianice. As cadeiras servem para os dias de jogo. Não há aquecimento, não há serviço, não há conforto. Há o Correio da Manhã.

Quem estiver em Belém e quiser parar para descansar, beber um café e comer alguma coisa já não tem de passar pelo martírio acima descrito.


Os cafés Starbucks são confortáveis. Há música ambiente a um volume tolerável, acesso à internet sem fios, jogos de tabuleiro, jornais, revistas e luzes amarelas para o descanso das nossas fatigadas retinas. No Starbucks há um balcão que é de passagem e umas mesas e cadeiras que são para lá ficar. Apetece lá ficar.

O inverso pode-se encontrar na mesma rua, a poucos metros de distância, onde as luzes brancas piscam de fulgor patriótico.

O Starbucks vem destruir a 'cultura portuguesa do café'? Que não mate, mas que moa. A ver se de uma vez por todas acabe aquele desconforto do «vai-se sentar só para beber uma bica?».

As novas botinhas do SLB



A Nike lançou umas botas de futebol (chuteiras) que têm a particularidade de serem cor-de-rosa (também resultam de uma peça única o que me parece igualmente interessante). 

Num mundo másculo como o futebol, isto é o que eu chamo de pensar à frente. Estamos a falar de gente, que, independentemente da divisão ou escalão vestem roupinhas "de marca" justas, usam "nada exuberantes" brincos e colares, e perdem mais tempo com o cabelo e com a escolha do creme de dia do que a treinar ou a marcar golos. Por tudo isto, parece-me uma aposta segura umas botinhas neste tom.

O embaixador internacional escolhido foi o jogador francês Franck Ribéry. Para Portugal, a escolha recaiu sobre Bruno Alves, do FCP, o que já me parece mal porque elas iam combinar tão bem com os equipamentos printemps-été 2007 do SLB.

PS: Este post teve a particularidade de nos ser sugerido directamente pela agência da Nike em Portugal, ainda antes de saírem as primeiras notícias na imprensa tradicional. Quanto a mim, a forma correcta de abordar os blogs.

Ainda os casos BPP, BPN, BCP, ...

Tempos de crise aguçam o engenho, mas também o humor. 

Mais vale uma ideia no banco do que duas a voar...



" O poder da criatividade é hoje, mais do que nunca, uma intangibilidade necessária e transversal a toda a sociedade, a todos os sectores e a todos mercados."
Sim, já todos falaram na crise, nas oportunidades que a crise pode representar, nas fortunas de quem arrisca em tempos de recessão. E, se a grande oportunidade for em por ideias no banco?
Confusos? Para Carlos Coelho, isto faz todo o sentido.

Por isso, criou o World Bank of Creativity, onde se podem depositar ideias, que ficam protegidas com direitos de autor, que valem Ivity's (moeda do WBC) e valem "dinheiro criativo" e que tem como objectivo ser aplicado em projectos de educação pela criatividade, junto de crianças e adolescentes carenciados.
Um recado para os que continuam a substimar o poder das ideias.

Stopping power #1 (definição)

stopping power
noun
  1. (advertising) a research measure that captures a print ad"s ability to grab the attention of the reader, also known as the attention rating.

Stopping power #2 (mupis de Natal)


In passing through matter, fast charged particles ionize the atoms or molecules which they encounter. Thus, the fast particles gradually lose energy in many small steps. By stopping power we mean the average energy loss of the particle per unit path length, measured for example in MeV/cm (see figure to the right). Stopping power is a necessary ingredient for many parts of basic science, for medical and for technological applications (ICRU 2005).

Stopping power #3 (mupis de Natal)


Stopping power is a colloquial term used to describe the ability of a weapon to stop the actions of an individual through a penetrating ballistic injury.

This term is not a euphemism for lethality. It refers only to a weapon's ability to incapacitate quickly, regardless of whether death ultimately results. Some theories of stopping power involve concepts such as "energy transfer" and "hydrostatic shock", although there is disagreement regarding the importance of these effects.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Consumidor RP

E se em vez de uma agência, fossem os consumidores a fazer de RP's das marcas? Se fossem os consumidores a responder às perguntas dos meios de comunicação social sobre a marca. Se a ponte entre marca e media não tivesse o carimbo de "agência", mas sim a transparência de quem consome e vive de facto a marca?

Parece rebuscado? Para a Amazon, não.

A Amazon pegou numa ferramenta antiga - os product reviews - escolheu os seus utilizadores mais activos e promoveu a ponte entre estes e os meios de forma a que divulgassem os produtos estrela do Natal 2008.

Uma óptima ideia para uma agência vender. A peso de ouro.

via tapete-voador.blogspot.com

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Ainda a crise


Crise, Crise, Crise. O tema não termina - infelizmente - e Hollywood junta-se agora à festa. Foi anunciado esta semana, com grande surpresa, que Jay Leno vai ter um novo programa na NBC, quando se falava da sua saída. De destacar ainda a escolha de Conan O'Brien para substituir Jay Leno no Tonight Show.

Mas a surpresa não é o novo programa em si, mas o facto de ser um programa que vai para o ar todos os dias úteis às 22h, horário em que a estação emitia uma série diferente diariamente.

A lebre foi lançada e discute-se agora se este será o fim da TV como a conhecemos até hoje e o início de uma nova era. Tudo porque com esta decisão, o histórico canal passará a ter menos horas de ficção, numa medida que se deve a questões financeiras. Cada episódio de uma série norte-americana pode custar entre 1,5 e 4 milhões de euros, de acordo com o jornal Público, contra apenas 300 mil euros por emissão do novo programa de Leno. Só na semana passada a estação despediu 500 trabalhadores, num plano de corte de 385 milhões de euros para a temporada 2009/2010.

Parece que o aperto do cinto começa a asfixiar todas as indústrias e Hollywood não ficou imune. As estrelas que se cuidem pois a fonte começa a secar e os bugdets para as grandes produções são cada vez menores... É a economia, estúpido!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Levanta-te e ajuda!


O Natal é tempo de ajudar e por isso aqui fica uma sugestão.

Coordenado por Zé Pedro, dos Xutos e Pontapés, o projecto musical UPA - Unidos para ajudar, junta alguns dos maiores nomes da música Portuguesa, em duetos imprevistos, em torno de uma causa - a luta contra a discriminação das doenças mentais.

As músicas, que têm sido colocadas ao longo do ano no site ao ritmo de uma por mês, podem ser descarregadas ou compradas, em qualquer FNAC, numa edição CD-DVD que inclui também os filmes da campanha. Todo o lucro reverte para as iniciativas da ENCONTRAR-SE, por isso não ganho nada com isso.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Palavras para quê


Queer travel, o outro lado da América..

Trident p'ra colecção




A Cadbury Adams Brasil foi buscar um actor de telenovelas famoso (Cauã Reymond) para gravar um vídeo a mastigar uma Trident durante 15 minutos, para em seguida a leiloar em nome da solidariedade. O objectivo da marca era divulgar a mensagem de "sabor que perdura" das novas Trident e, para isso, nada melhor do que fazer da pastilha mastigada uma recordação, bem acondicionada numa caixa que preservará o sabor para todo o sempre. A esta cara conhecida, a Trident juntou outras cinco de bloggers famosos no Brasil (este, esta, esta, este e esta) que também gravaram filmes a mastigar Trident para colocar no YouTube, e participaram no leilão. Por cada um, a Trident doou para um projecto de solidariedade social 1000 R$, mais a receita dos leilões.

A acção terminou ontem, rendendo 349 R$ pela pastilha de actor, mais uns trocos pelas Trident dos Bloggers - elas bem melhor do que eles. Parece pouco, mas estamos a falar de uma pastilha usada(!?) e ninguém está a contabilizar o ruído ou as notícias geradas.

Além da pastilha mastigada, a vencedora vai ainda acompanhar o ídolo à gala de entrega do cheque e receber o seu peso em Trident - 52Kg. Toda a acção pode ser acompanhada num site criado para o efeito e através do Twitter.

Esta é mais uma prova de que criatividade não precisa de grandes orçamentos. A ideia é arrojada e, dirão alguns, a roçar o pouco higiénica, mas lá que gera buzz, gera.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Yes Honda Can

Anúncio do novo Honda Jazz. Inspired by Obama?